29 de nov. de 2009

ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS




“Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus”.Lv 20:7

“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”. 1Pe 1:16

Encontramos o padrão da vida cristã em Deus, e esse padrão é demonstrado através da Escritura Sagrada.

Não adianta tentarmos inventar filosofias ou desculpas para nossas atitudes erradas. O padrão estabelecido por Deus é a Sua Palavra. Não adianta dizermos que somos falhos, isso nós já sabemos. Deus não pede, Ele manda que busquemos a santificação. Para o cristão, isso não é uma opção.

Ao procurarmos observar Deus através daquilo que Ele mesmo revela, encontramos os atributos morais. Essa moralidade é demonstrada de forma clara, e ela que devemos buscar em nossas vidas.

O cristianismo não é uma religião sem regras. Se assim fosse seria sinônimo de anarquia. Apesar de estarmos na Graça, Deus estabelece regras em sua palavra para que vivamos de forma digna e agradável a Ele. A afirmação de que temos liberdade em Cristo, não estamos debaixo da lei etc. tem sido apresentada como desculpa para se viver uma vida alienada de princípios bíblicos, descomprometida com a verdade escriturística e arraigada na anarquia. Ora, a anarquia é a estrutura social em que não se exerce qualquer forma de coação sobre o indivíduo. Esse tipo de atitude culminará na negação do princípio da autoridade, e consequentemente irá produzir a desmoralização, desrespeito e avacalhação do ambiente em que se vive. Tudo isso terá como resultado final a desordem, confusão e baralhada. Isto é, tudo será permitido em defesa da suposta liberdade em Cristo. Será permitido beber demasiadamente e cantar em um coral, ou prostituir-se descaradamente e subir nos púlpitos para se realizar apresentações, mentir, fofocar, provocar intrigas... tudo em nome da liberdade em Cristo. Muitos até afirmam que não podemos repreender alguém que está no erro, pois este será guiado pelo Espírito Santo, ou seja, impudentemente lançar-se-á nas costas do Espírito Santo a nossa própria responsabilidade.

Age-se com Deus, como se Ele não estivesse observando a nossa vida e não fosse nos pedir contas de nossas ações.

“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”, foi o que disse Pedro. Essa santidade implica no afastamento e reprovação verbal e prática do pecado.

“Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé” (Tt 1:13), foi o que disse Paulo ao afirmar que a repreensão é bíblica e deve ser realizada se alguém deseja a saúde verdadeiramente espiritual.

Em 1 Coríntios capítulo 5 encontramos Paulo repreendendo a igreja porque esta sabia de um jovem que estava cometendo pecado e ninguém lhe havia repreendido, mas estavam convivendo harmonicamente com tal situação.

Ao estudarmos a moralidade de Deus, entendemos que Ele deseja que tenhamos a mesma atitude. Vejamos alguns pontos que julgamos importantes acerca de Deus. E entenda que ao usar a expressão ‘Deus’, refiro-me ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo:

Totalmente separado de tudo que é mal e que causa corrupção (Lv 11:44)

Totalmente perfeito, puro e íntegro (1Jo 1:5; Sl 99:9)

Odeia o pecado (Hc 1:13)

Sente prazer no que é santo e direito (Pv 15:9)

Não ouve aquele que insiste em continuar no pecado (Is 59:1-2)

Concede libertação a quem que se arrepende (1Pe 2:24)

Ao nos aproximarmos de Deus, algumas conseqüências surgirão, pois a santidade de Deus mostrará:

A realidade devastadora de nosso pecado (Jó 42:5-6)

A efetividade do arrependimento com a expiação através do sangue, antes do perdão (Hb 9:22)

A Graça remidora e o amor de Deus (Rm 5:6-8)

A necessidade de reverência e temor diante de Deus (Hb 12:28-29)

A veracidade da retidão de Deus (Sl 89:14)

A existência de regras e exigências por parte de Deus (Sl 145:17)

A execução das penalidades impostas pelas Suas leis (Sf 3:5)

A indignação contra o pecado e o amor a inteireza de caráter (Sl 11:4-7)

A punição para os perversos e injustos (Dn 9:12,14)

A concessão de perdão para o arrependido (1Jo 1:9)

A fidelidade ao cumprir a Sua Palavra e as Suas promessas (Ne 9:7-8)

A libertação e a defesa oferecidas ao Seu povo (Sl 103:6)

A recompensa para aqueles que foram justificados por Cristo (Hb 6:10)

A justificação daqueles que exerceram fé em Cristo (Rm 3:24-26)

A obliteração das penalidades que nós merecemos (Sl 103:8)

A doação de bênçãos para aqueles que não merecem (Ef 2:8-10)


Ao vermos a atitude de Deus para conosco só podemos chegar a uma conclusão: Quem se aproxima verdadeiramente de Deus sentirá um desejo irresistível de consertar a sua vida para se parecer mais com o Senhor.

A aproximação de Deus levará o indivíduo a entender a seriedade do pecado; a compreender a necessidade de se tratar o pecador e não agasalhar o seu pecado; a aceitar a existência de regras estabelecidas por Deus em Sua Palavra; a buscar a reverência, temor e respeito para com Deus e Sua obra; a demonstrar graça e misericórdia, sem se deixar confundir com harmonização com o pecado; a cumprir com fidelidade a vontade Divina; a doar-se em benefício dos outros, e em prol do Reino de Deus.

Quem se aproxima de Deus irá entender o quanto somos falhos e o quanto precisamos buscar a santidade. A santidade que nos faz parecer mais com Cristo, no meio de uma sociedade entregue ao pecado. A santidade que nos faz desejar estar com Cristo. A santidade que nos faz buscar o Reino de Deus e não este mundo. A santidade que nos faz parecer cada vez menos com o estereótipo estabelecido por um mundo cego espiritualmente.

Estar separado do pecado não é o mesmo que ser legalista, no sentido pejorativo da palavra, mas é ser um santo posicional, que busca uma santificação progressiva. É buscar ser santo em todos os aspectos. E se para a sociedade pós-moderna isso significa ser legalista, que sejamos antes legalistas do que mundanos, descomprometidos com Deus e alienados da instrução bíblica. Que sejamos, antes de qualquer coisa, servos que dão prazer ao Senhor, do que senhores que maltratam e alienam seus servos, agindo como se estivessem em pé de igualdade com o Senhor dos senhores.

Que sejamos servos de fato e de verdade, e não apenas de aparência. Que definitivamente possamos servir a Deus com aquilo que Ele nos deu, remindo o tempo, instruindo sinceramente o povo, conduzindo-os ao arrependimento e andando com ele, o povo, rumo ao objetivo proposto pelo Senhor. Que paremos de “matar” o tempo dentro de nossas casas com coisas supérfluas e luxos desnecessários e cumpramos a carreira que nos foi proposta.

Que possamos conduzir o povo até Cristo, e depois disso instruí-los em como proceder, e não conduzir o povo até nossos pensamentos particulares, alicerçados em nossas experiências pessoais, gerando um batalhão de alienados e idólatras de líderes mundanos e egocêntricos.

Que busquemos a Deus para parecermos mais com Ele.


Autor: Robson T. Fernandes

23 de nov. de 2009

CINCO INGREDIENTES INDISPENSÁVEIS PARA A OBRA DE DEUS



1 - Visão
2 - Oração
3 - Relacionamentos Firmes
4 - Estratégia
5 - Ação



1 - VISÃO

O ingrediente número um para que a obra de Deus seja feita é a visão.
O arquiteto, antes de construir, desenha planos - faz um projeto completo. Deus, antes da criação do universo tinha um propósito eterno, uma clara e definida visão do que queria construir para a eternidade. Ef 1:4-14.
Jesus, ao vir ao mundo, antes de iniciar seu ministério, tinha uma clara visão do que vinha edificar.
A palavra que sintetiza a VISÃO DE DEUS e do Senhor Jesus é a palavra IGREJA.
Cristo declarou: “...Eu edificarei minha Igreja...” Mt 16:18

O QUE É A IGREJA?

Hoje, equivocadamente, se chama Igreja a um edifício material onde as pessoas se reúnem para realizar um culto ao Senhor. (Esses lugares não são nem igreja, nem templos, nem casas de oração).
A igreja é a comunidade de homens e mulheres que, reconhecendo a Cristo como Senhor, têm nascido de novo e juntos formam o povo de Deus.

A) - AS TRÊS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA - Rm 8:28,29
- Qualidade - Ef 1:4; 3:16,17; 4:13:22-24ss; 5:25-27.
- Unidade - Ef 1:9-10; 2:14-16; 3:6,7,18 e 19; 4:1-6;1 3-16.
- Quantidade - Ef 1:13; 2:11-13,17; 3:8,9; 6:18-20.

Em João 17:
v. 15-17 - Qualidade ----> “... Santifica-os...”
v. 21-23 - Unidade -----> “...para que todos sejam um...”
v. 21 - Quantidade --> “...para que o mundo creia...”

QUALIDADE que produz UNIDADE que produz QUANTIDADE

Em 1 Coríntios 3:
v. 12 - Qualidade -----> “... ouro, prata, pedras preciosas ...”
v. 3-8 -Unidade ------> (a falta de unidade revela falta de qualidade) “...sois carnais...”
v. 10 - Quantidade ---> “...cada um veja como edifica...”

Em Apocalipse 21:9-21:
Visão da Igreja, da Esposa do Cordeiro: “...me mostrou a grande cidade santa...” (v. 10). Na descrição que segue da Igreja se pode ver as três características de qualidade, unidade e quantidade.

B) - A COMUNIDADE QUE DEUS SE PROPÔS LEVANTAR

De acordo com as Sagradas Escrituras, Jesus Cristo quer levantar uma igreja gloriosa e santa, sem mancha, nem ruga ou coisa semelhante (Ef 5:26,27); edificada com ouro, prata e pedras preciosas (1 Coríntios 3:11-15); até que todos cheguemos ... à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:13). Em termos práticos isto significa uma igreja integrada por famílias que vivem em paz e harmonia. Maridos ternos, sábios, amáveis. Esposas submissas, de caráter afável e aprazível. Filhos respeitosos e obedientes. Rapazes e moças que cheguem virgens ao casamento. Anciões honráveis e venerados pelos mais jovens. Crianças felizes criadas no amor e temor do Senhor. Homens trabalhadores, responsáveis, diligentes e fiéis. Mulheres virtuosas, alegres, cheias de boas obras. Um povo diferente, formado por discípulos que aprendem a ser humildes, pacientes, mansos, justos, generosos, sinceros, bons, felizes, honrados, íntegros. Discípulos cujo estilo de vida é amar, perdoar, servir, confessar suas faltas, obedecer, cumprir, sujeitar-se às autoridades, pagar seus impostos, ser sempre verazes, confiar em Deus, amar seu próximo, ajudar, compartilhar com os necessitados, chorar com os que choram, alegrar-se com os que riem, ser um com os irmãos, devolver bem por mal, sofrer as injustiças, dar graças sempre por tudo, vencer a tentação, viver no gozo do Senhor, orar sem cessar, dar testemunho de Jesus Cristo, ganhar outros para Cristo, fazer discípulos, pôr seu dinheiro e seus bens a serviço dos irmãos, e sobre todas as coisas, amar a Deus com todo o seu ser. Na medida em que progredimos em qualidade, progrediremos em unidade. Porque a unidade é fruto da qualidade, assim como a divisão é evidência de imaturidade e carnalidade (1 Coríntios 3:1-4). Os filhos de Deus como irmãos que somos, devemos formar uma só família aqui na terra, a família de Deus.

Unicamente assim devolveremos ao Evangelho sua plena credibilidade diante do mundo. “...Que todos sejam um...para que o mundo creia...” (Jo 17:21).


C) - A VISÃO DA IGREJA É DERIVADA DA VISÃO QUE SE TEM DE DEUS

QUALIDADE eqüivale a SANTIDADE.
Por que santidade? Porque Deus é santo.
Por que unidade? Porque Deus é um.
Porque quantidade? Porque Deus é grande e é AMOR.
A visão vem por revelação: Ef 1:16-18; 3:1-6.



D) - TRÊS ASPECTOS DA IGREJA

FAMÍLIA: dimensão horizontal e eterna (Ef 2:19; 3:15) Somos uma família, uma congregação.
TEMPLO: dimensão vertical e eterna (Ef 2:20-22) Somos um templo ou vamos ao templo?
CORPO: dimensão funcional e temporal (Ef 1:22,23; 4:12-16) Funcionamos como um corpo?

Como CORPO devemos funcionar para edificar a igreja em sua dupla dimensão eterna FAMÍLIA e TEMPLO.
CONCLUSÃO: Tenho a visão ou um conceito da visão?

A visão produzirá em mim:
TRANSFORMAÇÃO = viver a visão
PAIXÃO = arder pela visão
COMPROMISSO = viver para a visão
SACRIFÍCIO = morrer pela visão


2 - ORAÇÃO

Este é o segundo ingrediente indispensável para a obra de Deus.
- Jesus tinha VISÃO ao iniciar seu ministério, mas a primeira coisa que fez depois de ser batizado e ungido pelo Espírito Santo no Jordão foi ir ao deserto para ORAR por quarenta dias. Orar e jejuar.
- Cada manhã iniciava o dia orando (Mc 1:35)
- Às vezes passava a noite orando (Lc 6:12)
Por que orava se era filho de Deus?

- POR QUE DEVEMOS ORAR ?
1- Porque somos absolutamente incapazes de realizar a visão (Qualidade, unidade e quantidade).
2- Porque Deus é o único poderoso e capaz de edificar tal igreja (Ef 3:20)
3- Porque Deus o fará tão somente se o pedimos em oração. (Mt 18:18-19)

- COMO DEVEMOS ORAR ?
A sós, em lugar e tempo específico.
Orar sem cessar (1 Ts 5:17; Ef 6:18).
3- Entre dois ou três irmãos (Mt 18:19-20; At 3:1)
4- Com um grupo pequeno (At 12:12).
5- Com toda a congregação (At 4:24)

- O QUE DEVEMOS PEDIR?
1- A intercessão principal deve ser pela realização do propósito eterno de Deus.
2- Devemos fazer petições gerais e específicas, e persistir até ver seu cumprimento.
3- Temas de intercessão em várias passagens bíblicas:
> Jo 17 - Santidade, unidade e quantidade.
> Mt 6:9-13 - A extensão do Reino, necessidades materiais, confissão e proteção do mal.
> Mt 9:38 - Envio de obreiros.
> 1 Tm 2:1-4 - Pelas autoridades e por todos os homens.
> Ef 1:16-19 - Por espírito de sabedoria e de revelação.
> Ef 3:14-21 - Para que sejamos cheios de toda a plenitude de Deus.
> Ef 6:18-20 - Por intrepidez e graça na evangelização.
> At 4:29-31 - Para que haja cooperação entre a igreja e o Senhor.

Em nosso meio, em termos gerais, se tem experimentado como igreja mais adoração que intercessão; Deus quer levar-nos para a intercessão sem enfraquecer a adoração.

3 - RELACIONAMENTOS FIRMES

A terceira coisa que Jesus fez ao iniciar seu ministério foi construir relacionamentos firmes com doze discípulos. Para isso assumiu a responsabilidade de estar com os mesmos para formar e ensinar com o seu exemplo e sua palavra, e eles fizeram o compromisso de sujeitar-se ao Senhor e ser seus discípulos.
A obra de Deus se faz com base em relacionamentos firmes, os quais significam:
1-Relacionamentos pessoais definidos e,
2-Relacionamentos comprometidos.

A) - OS RELACIONAMENTOS FIRMES FUNCIONAM EM TRÊS NÍVEIS:
- Com pessoas mais experientes (em sujeição e compromisso).
- Com iguais (em sujeição mútua) 2 Tm 2.2.
- Com mais novos no Evangelho (em responsabilidade) Ef 5:21; 1 Pd 5:5

B) - DIFERENTES RELACIONAMENTOS:

- Sujeição mútua entre apóstolos.
- Pastores sob a cobertura de apóstolos e profetas.
- Evangelistas sob a cobertura de apóstolos.
- Pastores sujeitos entre si.
- Diáconos sujeitos a pastores e sujeitos entre si.
- Líderes de grupos sujeitos a pastores e diáconos e sujeitos entre si.
- Discípulos sujeitos a seus discipuladores

> É IMPORTANTE QUE CADA IRMÃO TENHA UM OU DOIS IGUAIS EM SUJEIÇÃO MÚTUA COM OS QUAIS FORME UMA EQUIPE.
> Todos os membros do corpo devem ter relacionamentos firmes com irmãos mais velhos, com iguais e com mais novos.
> Todo o corpo bem ajustado e unido entre si por todas as juntas (Ef 4:16; Cl 2:19).

C) - A BASE DE NOSSOS RELACIONAMENTOS:

A base de nossas relações tanto com irmãos mais experientes, como com iguais, como ainda com os mais novos deve ter como base a atitude do Senhor Jesus descrita em Filipenses 2:2-8.
“... completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa; nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros. Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou‑se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando‑se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou‑se a si mesmo, tornando‑se obediente até a morte, e morte de cruz”.

Atitude de unidade - v. 2 = ser um com o irmão
Atitude de sujeição - v. 7 = Jesus se sujeitou ao Pai mesmo sendo igual.
Atitude de servo, não de senhor - v. 7
Atitude de humildade - v. 3,8
Atitude de amor sacrificial e não de egoísmo - v. 4,8

Somente com base no ESPÍRITO DE CRISTO em nós é possível construir relacionamentos para chegar à verdadeira unidade do corpo.



4 - ESTRATÉGIA

Em Ef. 4:7-16 está apresentada a estratégia de Deus para a edificação da VISÃO:
Aqui a figura dominante é a igreja como CORPO, sua dimensão funcional.
Cristo é a CABEÇA e cada filho de Deus é um MEMBRO ou uma parte do corpo.
OBJETIVO DA CABEÇA: a edificação do Corpo. Esse objetivo inclui as três características de qualidade, unidade e quantidade.
PLANO DA CABEÇA: usar, para edificação do Corpo, a TODOS os membros.

A) - FUNÇÃO DA CABEÇA

1 - Governar o corpo - cada membro;
2 - Dar vida ao corpo - a cada membro até enchê-lo todo (Ef 1:23; 3:19; 4:10);
3 - Dar crescimento ao corpo - a cada membro (Ef 4:15-16);
4 - Dar dons - dotar de graça (habilidade) a cada membro p/ sua função (Ef 4:7-8).
5 - Constituir a uns como apóstolos, outros como profetas, a outros como evangelistas, outros como pastores e mestres (A. P. E. P-M). Tudo isso é função da CABEÇA e não nossa função.

B) - FUNÇÃO DOS APÓSTOLOS, PROFETAS, EVANGELISTAS, PASTORES E MESTRES

- O objetivo desses quatro ministérios é o mesmo que o de Cristo: a edificação do corpo.
- O plano deles é o mesmo que o de Cristo: usar a todos os membros do corpo
- A função deles está indicada no verso 12: “...a fim de APERFEIÇOAR AOS SANTOS para a obra do ministério, PARA a edificação do corpo de Cristo...” - Soc. Bíblica 1960; “...Capacitar aos santos...” - Bíblia das Américas;
“...Equipar aos santos...” - New American Version;
“...Reto ordenamento dos santos...” - Bíblia de Jerusalém;

No grego se diz “...para KATARTISMOS DOS SANTOS...”.
KATARTIZO, segundo o dicionário grego-espanhol significa: consertar, ordenar, aparelhar, guarnecer, equipar, prover de, preparar, formar um todo, governar, dirigir, restaurar, reparar, colocar em seu lugar.
KATARTISMOS é um substantivo, por isso a antiga versão Reina e Valera traduz: “...para perfeição dos santos...”, e vem do verbo AKATARTIZÖ.

As passagens no N T onde se usa este verbo têm sido traduzidas de diversas maneiras e nos dão uma compreensão mais ampla de seu rico significado (Versão 1960 S B) :

Mt. 4:21 - remendavam suas redes - consertavam, limpavam, preparavam suas redes e a deixavam prontas para serem usadas no dia seguinte (Mc. 1:19);
Mt. 21:16 - aperfeiçoaste o louvor;
Lc. 6:40 - o que for aperfeiçoado será como seu mestre;
Rm. 9:22 - vasos preparados para ira;
1 Co 1:10 - perfeitamente unidos;
2 Co 13:11 - aperfeiçoa-os;
Gl 6:1 - restaurai-o;
1 Ts 3:10 - completemos o que falta de vossa fé;
Hb 10:5 - me preparaste corpo;
Hb 11:3 - foi constituído o universo ( formar um todo ordenado e harmônico);
Hb 13:21 - os faça aptos para toda boa obra (os capacite);
1 Pd 5:10 - aperfeiçoa-os.

No grego clássico do primeiro século, segundo Barclay, katartismos, ou seu verbo katartizö, tem dois significados:
1 - Ajustar, por em ordem, restaurar. Exemplo:
1.1 - Pacificar uma cidade que está desgarrada ou em facção.
1.2 - Colocar um membro deslocado em seu lugar.
1.3 - Desenvolver certas partes do corpo mediante exercício (treinamento)

2 - Equipar um homem ou habilitar para um propósito determinado. Exemplo:
2.1 - Habilitação, equipamento de um barco, deixá-lo pronto para zarpar.
2.2 - Equipar, armar e formar um exército e prepará-lo para que entre em ação.

RESUMINDO:
A função dos A.P.E.P-M como equipe ministerial é para o KATARTISMOS DO SANTOS:
-> para a obra do ministério
-> para edificação do corpo
- Aperfeiçoar, formar, reparar, restaurar os santos;
- Preparar, capacitar, treinar, equipar os santos;
- Ordenar, relacionar, colocar cada membro no seu lugar, formar um todo organizado, organizar os santos. Para que entrem em ação e desempenhem seu ministério na edificação do corpo de Cristo, de modo que na estratégia de Deus toda a Igreja é um seminário, cada irmão é um seminarista e os A.P.E.P-M têm como função primordial aperfeiçoar, capacitar, treinar, relacionar os santos, para que cada um cumpra seu ministério na edificação do corpo.


C) - FUNÇÃO DOS MEMBROS DO CORPO (Ef 4)

- Cada membro é importante e tem uma função;
- Cada membro tem recebido de Cristo um dom - v. 7;
- Cada membro é um obreiro do Senhor - v. 13;
- Cada membro tem o ministério de trabalhar na edificação do corpo (Ganhar, discipular, relacionar);
- Cada membro deve ser formado no corpo com relações firmes para desempenhar seu ministério.

> OBJETIVO DE TODOS OS MEMBROS: v. 13
1 - Chegar à unidade da fé.
2 - Chegar à medida da estatura de Cristo.
> O PROGRAMA DE CRISTO PARA TODOS OS MEMBROS: v. 15
1 – Crescer em tudo em Cristo.
(Em qualidade, em unidade e quantidade)
> O PROCESSO DE CRESCIMENTO: v. 15
1 – Seguindo a verdade em amor.
> AS CONDIÇÕES PARA O CRESCIMENTO:
1- Sujeição à Cabeça, aos A.P.E.P-M e ao corpo
2- Funcionamento de cada membro - v.16

“...Cristo, de quem todo corpo (estando bem ajustado e unido pela coesão que as conjunturas provêm) conforme o funcionamento adequado de cada um produz o crescimento do corpo para sua própria edificação “ (Ef 4:16 Bíblia das Américas)



5 - AÇÃO

O ingrediente decisivo para realizar a obra é a ação. Se não há uma ação, não há obra. A visão, a oração, os relacionamentos e a estratégia são para que caminhemos para a ação. “...Jesus começou a fazer e a ensinar ...” (At 1:1).

A) - FUNDAMENTO E MODELO PARA A AÇÃO: JESUS CRISTO

Da ação do ministério terreno de Cristo nasce o modelo de nossa atuação. Cristo não somente é o nosso modelo quanto à qualidade de vida, como também no seu OPERAR PARA DEUS.
Hoje a ação do Corpo de Cristo, a Igreja, deve corresponder à ação de Jesus quando esteve com o seu corpo aqui na terra.
Jesus tinha o ministério de apóstolo, profeta, evangelista, pastor-mestre e diácono (servidor).
Ele orava, jejuava, pregava, expulsava demônios, fazia milagres, ajudava aos pobres, alimentava os famintos, abençoava e amava às crianças, era amigo dos pecadores, perdoava os pecados, consolava os que sofriam, repreendia aos hipócritas, percorria cidades e povoados, evangelizava as multidões, evangelizava os indivíduos, entrava nos lares.
Seu ministério era múltiplo em meio às muitas necessidades da humanidade. Mas em toda essa intensiva ação, o aspecto central de seu ministério era DISCIPULAR a doze homens. A esses chamou e a eles se dedicou, formou, capacitou, equipou, treinou, (katartismos), e enviou para que fizessem o que ele mesmo fez.
Seu método formativo era duplo: o EXEMPLO de sua ação e a INSTRUÇÃO. Sarando, ele ensinava a sarar; pregando, ele ensinava a pregar; etc. E depois lhes ensinava e instruía à parte. Os discípulos eram formados VENDO a Jesus e OUVINDO os seus ensinamentos.
Hoje as circunstâncias são outras, mas as necessidades são as mesmas. O Corpo de Cristo na atualidade, mediante todos os seus membros, deve realizar o mesmo ministério multi-facetado que Cristo realizou. Para isso o Senhor reparte suas graças e dons a todos os membros do Corpo, facultando-lhes a ação. Mas, igual a Cristo, o CENTRO do ministério dos santos deve ser o FAZER DISCÍPULOS, pois isto é fundamental para a edificação do Corpo de Cristo.

B) - A SÍNTESE DA AÇÃO: MATEUS 28:18-20

Há três verbos que sintetizam a ação que a igreja deve desenvolver desde o Pentecostes até a segunda vinda de Cristo:

- PREGAR - (a todos)
- BATIZAR - (aos que crêem)
- ENSINAR - (aos que se batizam)

Estas três palavras resumem a expressão “...FAZER DISCÍPULOS...”
--> A ponta de lança da ação é a evangelização (quantidade). O que segue é o DISCIPULADO que produzirá a qualidade e a unidade dos discípulos.
--> Para ensinar é necessário um PROGRAMA DEFINIDO DE ENSINAMENTO. “...ensinando-lhes que guardem todas as coisas que vos tenho mandado...” Exemplo: Porta, Caminho e Meta.

C) - MARCO E ESTRUTURA PARA A AÇÃO: A IGREJA NUCLEANDO-SE NOS LARES
O grupo do lar, ou célula, ou grupo caseiro, não é um ente em si mesmo, nem mais um departamento da Igreja. Não há nas Escrituras a menção de grupos nas casas. Simplesmente o Novo Testamento menciona que a Igreja se reunia nas casas. A essa expressão às vezes se chama de Igreja na casa (Rm 16:5, 10, 11; Cl 4:15).

-> O QUE É UM GRUPO NA CASA?
É uma pequena comunidade de discípulos relacionados estreitamente sob uma condução adequada para desenvolver-se (em qualidade, unidade e quantidade), mediante a oração, o doutrinamento, a comunhão, no serviço mútuo, o exercício dos dons, e no ganhar e formar novos discípulos.
O grupo é uma parte da igreja da cidade e está sob a supervisão e direção do ministério pastoral.

-> O QUE É ESSENCIAL EM UM GRUPO ?
A ordem de Jesus não foi: - ide e fazei grupos caseiros! Mas, “...ide e fazei discípulos...”. O essencial em um grupo do lar é o discipulado. Se um grupo desses não tem o discipulado, tem perdido a sua essência, e se reduz a uma simples reunião caseira.
Discipulado significa que existem discipuladores, discípulos, juntas, compromisso, sujeição, formação de vidas, formação de obreiros, serviço, ação, evangelização, multiplicação, crescimento, etc.

-> QUAIS OS OBJETIVOS PARA O GRUPO NO LAR ?
- Integrar a cada um mediante:
O amor e a comunhão dos membros de todo o grupo;
O companheirismo estreito de dois ou três condiscípulos;
O relacionamento com seu discipulador.
- Formar a cada um:
Pelo AMBIENTE de fé, gozo, santidade, amor, oração, serviço, etc.
Pelo EXEMPLO de vida e obra.
Pelo ensino da Palavra de Deus. O propósito do ensino é que conheçam a Palavra, vivam-na e saibam ENSINAR a outros.

- Enviar a cada um:
Criando CONSCIÊNCIA de que são obreiros;
Criando CIRCUNSTÂNCIA (levá-los conosco a fazer a obra, dar tarefas);
Delegando responsabilidade.

-> NÍVEIS DE FUNCIONAMENTO E ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
Discípulo novo (filhinhos) 1 Jo 2:12-14
Discípulo fiel (jovem)
Discipulador (pai)
Responsável pelo grupo
Na estrutura da congregação segue:
Diáconos
Pastores-mestres
Apóstolos, profetas e evangelistas

É importante que em cada grupo caseiro o responsável ou responsáveis formem com os discipuladores o núcleo do grupo para levar juntos a carga e o desenvolvimento dos discípulos.

-> EXERCÍCIO DE AUTORIDADE
- Sobre a vida e a conduta dos irmãos devemos distinguir:
Mandatos do Senhor - obediência comprometida
Conselho pastoral - obediência voluntária (Hb 13:17)
Conselho pessoal ou sugestão - obediência opcional
Opiniões - liberdade de consciência - Rm 14:1-6
- Sobre a área funcional da igreja:
Os pastores estão em função de governo e a eles devemos sujeição e obediência. (1 Tm 5:17).

-> ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE UM GRUPO CASEIRO
- Quantos discípulos verdadeiros existem no grupo, segundo Lucas 14:26-33?
- Quantos estão sendo discipulados?
- Quantos sabem fazer discípulos? Isto é, sabem pregar com clareza o Evangelho do Reino, guiar aos novos pela Porta e DISCIPULÁ-LOS?
- Quantos estão ocupados nessa obra?
- O que se está fazendo para melhorar a situação?

D) - DINÂMICA PARA A MULTIPLICAÇÃO

É responsabilidade de cada grupo preparar a todos os seus integrantes e envolvê-los na ação evangelizadora.
Há muitas formas de evangelizar. A partir do grupo caseiro sugerimos quatro maneiras:

Sair na rua para testificar aos transeuntes com todo o grupo. Isto libera e aviva os irmãos.
Tomar várias ruas de um bairro e visitar casa por casa.
Fazer reuniões evangelísticas em casa de discípulos novos, convidando vizinhos, amigos e parentes.
Criar empreitadas: cada membro do grupo elabora um lista de umas vinte ou
trinta pessoas inconversas ou afastadas, pelas quais se propõe a orar e visitar, e depois de um determinado tempo levar a Palavra.

-> EXTENSÃO A OUTRAS REGIÕES

Dois ou três grupos caseiros se unem para abrir uma nova frente de trabalho em bairros distantes ou uma localidade vizinha. (Mc 1:28; Lc 8:1)










Ide e fazei discípulos de todas as nações .... eu te constituí como luz para os gentios ...vós sois a luz do mundo ...


( Jamê Nobre)

















22 de nov. de 2009

AMIGOS DO BLOG


A paz do Senhor a todos!


Por causa de problemas técnicos, não estava sendo possível fazer nenhuma postagem no blog, mas agora que o problema foi resolvido, voltarei a colocar mensagens abençoadas para vocês.


Fiquem com Deus!