15 de dez. de 2010

O TOQUE DE DEUS


Posso pedir-lhe que olhe para sua mão por um momento? Olhe as costas, depois a palma. Torne a familiarizar-se com seus dedos. Passe o polegar pelos nós dos dedos.

O que acharia de alguém filmar um documentário sobre suas mãos? E se algum produtor quisesse contar sua história baseando-se na vida de suas mãos? O que veria? Igual ao de todos nós, o filme começaria com um punho infantil, depois uma visão em primeiro plano de uma pequena mãozinha agarrando-se ao dedo da mamãe. Depois o quê? Agarrando-se a uma cadeira enquanto você aprendia a andar? Agarrando uma colher quando aprendia a comer?

Não se passaria muito tempo na trama antes que se visse a sua mão demonstrando afeto, acariciando a face do pai ou do cachorro. Também não passaria muito tempo para que sua mão fosse vista agindo agressivamente: empurrando seu irmãozinho menor, ou arrebatando-lhe um brinquedo. Todos nós aprendemos que a mão é muito apropriada para a sobrevivência; é uma ferramenta de expressão emotiva. A mesma mão pode ajudar ou machucar, estender-se ou fechar-se num punho, levantar alguém ou empurrá-lo para que caia.

Se mostrar esse documentário a seus amigos, você se sentirá orgulhoso de alguns momentos: sua mão estendendo-se com um presente, colocando um anel no dedo de outra pessoa, curando uma ferida, preparando uma comida ou juntas em oração. Porém há também outras cenas. Quadros de dedos acusadores, machucando em lugar de amar. Mãos que tomam mais do que dão, exigindo em lugar de oferecer, machucando em vez de amar. Ah, o poder de nossas mãos. Deixe-as sem controle e se convertem em armas; aferrando para o poder, estrangulando para sobreviver, seduzindo pelo prazer. Porém bem manejadas, nossas mãos podem ser instrumentos de graça: não só instrumentos nas mãos de Deus, mas sim as próprias mãos de Deus. Renda-as e esses apêndices com cinco dedos se convertem nas mãos do céu.

Foi isso o que Jesus fez. Nosso Salvador rendeu completamente suas mãos a Deus. O documentário de suas mãos não tem cenas de cobiça monopolizando, nem dedos acusando sem base. O que se tem é uma cena após outra de pessoas que anelam fervorosamente seu toque compassivo: pais carregando seus filhos, o pobre trazendo seus temores, o pecador levando nas costas sua aflição. Cada um que chega recebe o toque. Cada um que é tocado, muda.

( Trecho do livro de Max Lucado: "Simplesmente Como Jesus")

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