30 de set. de 2009

A BÍBLIA


Como Estudar a Bíblia

Através do estudo da Bíblia chegamos a conhecer a verdade que nos liberta (João 8:32). Entretanto, muitas pessoas que acreditam que o estudo da Bíblia é importante nunca aprenderam como estudar efetivamente e entender a mensagem da revelação de Deus. Consideremos algumas sugestões práticas de coisas que nos ajudarão a ser melhores estudantes da Bíblia.


Atitudes e Preparações Necessárias

Antes que possamos estudar efetivamente a Bíblia, precisamos considerar sua fonte e abordar o estudo com profundo respeito pelo Deus que nos criou e nos revelou sua vontade nas Escrituras. É importante estudar com absoluto respeito pela palavra de Deus. Samuel aceitou a instrução de Eli e recebeu as palavras de Deus com uma atitude de humildade: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve" (1 Samuel 3:9-10). Cada vez que abrirmos as páginas das Escrituras, deveremos demonstrar exatamente esta atitude. O estudante humilde tem que ter também um coração aberto. Pedro nos diz que precisamos esvaziarmo-nos do mal para que possamos aceitar o puro evangelho com o ardente desejo dos recém-nascidos querendo leite (1 Pedro 2:1-3). Com humildade e corações abertos, procuramos cumprir o compromisso de cada servo fiel de Cristo: obedecer tudo o que Jesus nos ordenou (Mateus 28:19-20). O estudo proveitoso também depende de uma valorização correta do texto que estamos estudando. A Bíblia contém a completa, suficiente e final revelação da vontade de Deus para o homem, por isso deverá ser estudada cuidadosa e respeitosamente. O estudante fiel da palavra deverá estar familiarizado com as afirmações de textos tais como 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3; Judas 3; Hebreus 1:1-4; 2:1-3 e Gálatas 1:6-9. Devemos estudar também com respeito pelo silêncio das Escrituras. Muitos erros podem ser evitados se temos o cuidado de não falar presunçosamente quando Deus não falou.

Agir quando Deus não disse nada é mudar sua palavra (veja a ilustração em Hebreus 7:12-14), onde o escritor mostra que Jesus não foi um sacerdote de acordo com a lei do Velho Testamento, mas que ele mudou a lei ao tornar-se um sacerdote de uma tribo que não estava autorizada a servir desta maneira). Jesus tinha o direito de mudar a lei, mas nós não. Tais passagens como 2 João 9; 1 Coríntios 4:6 e Apocalipse 22:18-19 nos lembram do perigo de ir além ou acrescentar à palavra revelada. Uma outra prática importante, quando entramos no estudo das escrituras, é a oração. Devemos orar como o salmista o fez: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei" (Salmo 119:18).

Ferramentas Para o Estudo da Bíblia

Há vários recursos que podem ser úteis em nosso estudo da Bíblia. O mais importante é a própria Bíblia. Somos abençoados em nosso tempo por termos Bíblias em quase todas as línguas faladas. Há um bom número de traduções portuguesas. Escolha uma que seja inteligível, mas que mantenha cuidadoso respeito pela mensagem sendo traduzida. Ajuda-nos bastante ter várias traduções diferentes para comparar. Muitos outros livros têm sido escritos para auxiliar no estudo da Bíblia. Uma Chave Bíblica, por exemplo, é muito útil para localizar várias passagens que usam a mesma palavra. Serve como um tipo de índice listando as palavras da Bíblia e onde são encontradas.

Vários tipos de dicionários são também bem úteis no estudo da Bíblia. Muitos mal-entendidos podem ser evitados ou corrigidos pela consulta a um dicionário comum. Dicionários especiais de palavras bíblicas são ainda mais valiosos, pois freqüentemente dão explicações úteis do modo como uma palavra é usada nas Escrituras.

Ainda que eles sejam um pouco difíceis de se aprender a usar, os dicionários bíblicos baseados nas línguas bíblicas originais (hebraico e grego) nos ajudam a apreciar mais precisamente os significados de algumas palavras. É claro que tais outros livros não são essenciais ao entendimento de nossa responsabilidade diante de Deus, mas podem esclarecer a mensagem da Bíblia e nos auxiliar a apreciar sua força e beleza. Pode também ser útil estudar o ambiente do texto, usando tais auxílios como os Atlas ou os mapas das terras bíblicas, livros sobre história, etc. Tais livros servem para ressaltar o rico significado do texto. Comentários aparecem em muitas formas. Podem ser bastante úteis, ou muito destrutivos. Comentários são simplesmente as explicações de autores humanos sobre o significado dos textos bíblicos. Eles vão desde breves artigos ou mesmo notas de rodapé em Bíblias de estudo, até coleções de livros. Podem ser encontrados em boletins, revistas, sermões, etc. Ao usar todas estas fontes, precisamos nos lembrar que seres humanos nunca são infalíveis e que todo o ensinamento tem que ser examinado à luz das Escrituras (Atos 17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22).


Sugestões Sobre Como Estudar a Bíblia

Há algumas sugestões práticas que podem ajudar a desenvolver bons hábitos no estudo da Bíblia por toda a vida: 1. Leia, leia, leia! O passo mais importante no estudo efetivo é a leitura do texto.

Isto deverá envolver pelo menos dois tipos de leitura: (a) Leitura geral do texto da Bíblia para tornar-se cada vez mais familiar com a mensagem da Bíblia como um todo (um plano bom e prático é ler a Bíblia inteira pelo menos uma vez por ano), e (b) Leitura mais cuidadosa de textos específicos que você estiver estudando. 2. Procure entender o contexto. Um dos erros mais comuns no estudo e ensino da Bíblia é tirar um versículo do seu contexto para interpretá-lo de um modo que vai contra o significado do texto e contra o amplo contexto da Bíblia como um todo. Se você estiver estudando um capítulo, olhe primeiro o livro onde foi encontrado. Se estiver estudando um versículo, leia pelo menos o capítulo que o envolve.

Muitos erros serão evitados pela cuidadosa consideração do contexto em cada estudo. Ajuda no entendimento da Bíblia procurar respostas para questões simples, tais como: Quem está falando a quem? Por quê? Quando e onde tudo isto ocorreu? 3. Observe que tipo de texto você está estudando. É uma narrativa que relata uma parte da história da Bíblia? Está o autor desenvolvendo um argumento para explicar ou refutar alguma doutrina? É uma profecia? Contém o texto mandamentos específicos? É uma parábola? É parte do Novo Testamento (que se aplica nos dias de hoje) ou da velha lei (que governava os judeus do Velho Testamento)? 4. Entenda as palavras que você está estudando. Neste ponto, aquele dicionário da Bíblia ou outra tradução pode ser muito útil. 5. Procure auxílio em outras passagens. Muitos dos mais difíceis textos da Bíblia são esclarecidos por mais simples afirmações em relatos paralelos ou similares. A Bíblia é o seu próprio e melhor comentário!

Desde que verdade nunca contradiz verdade, é nossa responsabilidade estudar diligentemente para reconciliar as discrepâncias aparentes. 6. Estude para conhecer a verdade, não para defender crenças pessoais ou tradições humanas.

7. Faça anotações. Muitas pessoas acham muito útil o uso de um caderno para anotar as observações sobre o texto, perguntas que elas querem saber, etc. Mais leituras e estudo muitas vezes responderão a dúvidas ou questões, por isso é bom ter anotações que você possa usar para aumentar o seu conhecimento. 8. Lembre-se de que a Bíblia nos dá o que necessitamos, mas nem tudo o que poderíamos querer. A infinita sabedoria de Deus está além da nossa compreensão, e há muitas coisas que poderemos querer saber que não estão reveladas na Bíblia (veja Deuteronômio 29:29). Temos que aprender a contentarmo-nos com o que Deus disse e não devemos nos permitir opinar e presumir para falar onde ele não falou.


O Valor do Estudo Bíblico

O estudo da Bíblia é um trabalho que desafia e dá satisfação, oferecendo muitos benefícios nesta vida, e que ajuda a equiparmo-nos para ficar na presença de Deus eternamente. Somos grandemente abençoados pelo privilégio de nos ser permitido ler e reler a carta de amor que Deus nos deu nas Escrituras. Que nossas vidas e hábitos de estudo reflitam a atitude expressada no Salmo 119:14-17: "Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas. Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra. Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra”.

(Fonte: Oráculo do Senhor)

28 de set. de 2009

A UNÇÃO QUE PERMANECE


“Ora, vós tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento. (…) Estas coisas vos escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar. E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei. E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda.” (I João 2:20,26-28)

Temos aqui mais um conceito vindo do Velho Testamento que é repetidamente mencionado nas igrejas nos últimos dias: a unção. O que significava a unção no Velho Testamento? E o que significa para nós, na Nova Aliança?
No Velho Testamento, a unção era um mandamento aplicado em três casos, como veremos (há um quarto caso, mas é tão particular que deixarei de lado por agora — ainda que se aplique de igual modo no contexto do Novo Testamento). O primeiro caso era uma unção com óleo aromático especialmente preparado, e sua finalidade primeira era a consagração de um sacerdote:
“Depois tomarás as vestes, e vestirás a Arão da túnica e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral, e lhe cingirás o éfode com o seu cinto de obra esmerada; e pôr-lhe-ás a mitra na cabeça; e sobre a mitra porás a coroa de santidade; então tomarás o óleo da unção e, derramando-lho sobre a cabeça, o ungirás. Depois farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, e os cingirás com cintos, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras. Por estatuto perpétuo eles terão o sacerdócio; consagrarás, pois, a Arão e a seus filhos.” (Êxodo 29:5-9)
No mesmo texto temos a segunda unção, feita com o mesmo óleo e o sangue de um carneiro sem defeito, para santificação dos mesmos sacerdotes:
“Depois tomarás o outro carneiro, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele; e imolarás o carneiro, e tomarás do seu sangue, e o porás sobre a ponta da orelha direita de Arão e sobre a ponta da orelha direita de seus filhos, como também sobre o dedo polegar da sua mão direita e sobre o dedo polegar do seu pé direito; e espargirás o sangue sobre o altar ao redor. Então tomarás do sangue que estará sobre o altar, e do óleo da unção, e os espargirás sobre Arão e sobre as suas vestes, e sobre seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele; assim ele será santificado e as suas vestes, também seus filhos e as vestes de seus filhos com ele.” (Êxodo 29:19-21)
Os homens assim ungidos não podiam sair mais da tenda da revelação, sob pena de morrerem — eles eram, assim, totalmente consagrados e separados para o ministério:
“E não saireis da porta da tenda da revelação, para que não morrais; porque está sobre vós o óleo da unção do Senhor. E eles fizeram conforme a palavra de Moisés.” (Levítico 10:7)
Havia ainda uma terceira unção possível, feita com azeite, para confirmação de um rei:
“Disse Samuel a Saul: Enviou-me o Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora as palavras do Senhor.” (I Samuel 15:1)
Assim, temos a unção em três casos possíveis: na consagração dos sacerdotes, na santificação destes, e na confirmação de um rei.
Mas o próprio Velho Testamento nos dá um vislumbre da unção do novo, quando um homem segundo o coração de Deus é ungido rei:
“Então Samuel tomou o vaso de azeite, e o ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Depois Samuel se levantou, e foi para Ramá.” (I Samuel 16:13)
Vemos então cumprirem-se em Cristo, a raiz de Davi, o Ungido de Deus (pois Cristo significa ungido), as três unções do Velho Testamento — pois ele foi consagrado a Deus, e santificado como sacerdote, ainda que segundo a ordem de Melquisedeque; e não o foi com óleo e sangue de carneiros, mas com o Espírito Santo, e com seu próprio sangue. Da mesma forma, ele foi ungido Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, não com qualquer azeite, mas com o poder do Espírito Santo, que o ressuscitou dentre os mortos.
“Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías; e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor. E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos.” (Lucas 4:17-21)
“…concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele.” (Atos 10:38)

Assim, Cristo cumpriu em si toda a lei quanto à unção, para ser capaz de nos prover com um sacrifício eterno, com um perfeito sacerdócio, e com a unção que permanece; uma unção que não somente nos consagra e santifica, mas que nos capacita a sermos reis e sacerdotes para com Deus, através da vida de Cristo em nós; e essa unção é o outro Consolador, o Espírito Santo, no qual o Senhor Jesus foi ungido rei e sacerdote, e no qual somos ungidos, de igual forma, reis e sacerdotes, para glória de Deus. Assim, não temos necessidade de mais nenhuma unção, de nenhuma forma, senão como símbolo do que o Senhor já fez em nós; Deus não nos dará uma nova unção, como também não proverá para si mesmo um novo sacrifício, ou um novo sacerdote; se encontramos o sacrifício perfeito em Cristo, e nele também o sacerdócio eterno, nele, o primeiro Consolador, encontraremos a unção que permanece, na pessoa do Espírito Santo, que ele mesmo enviou para habitar em nós.
“Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus, o qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações.” (II Coríntios 1:21-22)
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado.” (I Pedro 2:9-10)


Autor: Desconhecido

26 de set. de 2009

MILAGRE


TOME POSSE DO MILAGRE
Por: Pr. Joel Cardoso Jr.

"E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles." Mt 13:58

DEUS É DEUS DO MILAGRE!

Deus é todo milagre!
A criação do mundo, do homem, o controle de todas as coisas, a vida, a saúde, a bênção, tudo é fruto do poder de Deus. O milagre pertence única e exclusivamente a Deus! Quando todas as tentativas humanas fracassam, quando os recursos se tornam escassos, quando a força acaba...Deus faz o milagre. Os evangelhos registram as experiências que homens e mulheres viveram do milagre de Jesus. O que era impossível passou a ser possível! Assim aconteceu como cego, com o paralítico, com o surdo, com o endemoninhado, com aquele que estava morto.

A INCREDULIDADE, IMPEDIMENTO DO MILAGRE

A incredulidade, a dureza de coração, a dúvida são impedimentos ao milagre.
Jesus condenou a incredulidade dos discípulos diante da tempestade. Marcos 6:48
Jesus condenou a incredulidade dos discípulos diante da escassez. Marcos 6:36
Jesus condenou a incredulidade de duas cidades: Corazim e Betsaida. Lucas 10:13
A incredulidade é uma grande pedra que impede que o milagre chegue a sua vida.
É uma pedra que só você pode "remover". Até os demônios crêem no poder e Jesus e tremem. Tiago 2:19 - A única coisa que Jesus pediu a Jairo, diante da filha morta, foi "crê somente". Crer, somente crer!

O MILAGRE AO SEU ALCANCE

Muitos têm buscado o milagre e não têm encontrado, simplesmente, porque não estão buscando o dono do milagre que é Jesus Cristo de Nazaré. Quando você necessitar do milagre, procure pelo dono do milagre que é Jesus. Declare que Jesus é o Salvador e Senhor de sua vida! Curve-se aos pés do Senhor e reivindique as promessas de vitória no seu viver. Coloque Jesus Cristo no centro de sua vida e viva, cada dia, dentro do milagre. Deus tem um milagre para você! Quero profetizar o milagre de Deus sobre a sua necessidade. Neste momento, declaro toda força satânica, opressora, fora da sua vida em Nome de Jesus! Declaro o milagre de Deus como verdade, hoje. Tome posse deste milagre agora!


( Fonte: Evangelização Pessoal)


23 de set. de 2009

A BÍBLIA, UMA REVELAÇÃO DE DEUS




Tendo visto agora que a existência de Deus é um fato estabelecido, um fato mais certo que qualquer conclusão de um arrazoamento formal, porque é o fundamento necessário de toda a razão, passamos à consideração de uma outra matéria. Há agora, e tem havido por séculos, um livro peculiar neste mundo, chamado Bíblia, que professa ser a revelação de Deus. Os seus escritores falam nos termos mais ousados de sua autoridade como interlocutores de Deus. Esta autoridade tem sido admitida por milhões de habitantes da terra, tanto no passado como no presente. Desejamos perguntar, portanto, se este livro é o que ele professa ser e o que ele tem sido e se crê ser por uma multidão de gente, - uma revelação de Deus. Se não é uma revelação de Deus, então os seus escritores ou foram enganados ou foram enganadores maliciosos.

I. É a Bíblia historicamente autentica?

Por esta pergunta queremos dizer: É a Bíblia verossímil como um arquivo de fatos históricos? Há mais ou menos um século críticos sustentaram ser a Bíblia inverossímil como história. Disseram que os quatro reis mencionados em Gênesis 14:1 nunca existiram e que a vitória dos reis do Ocidente contra os do Oriente, como descrita neste capítulo, nunca ocorreu. Negaram que um povo tal como os hititas viveram algures. Sargon, mencionado em Isaías 20:1 como rei da Assíria, foi considerado como uma personagem mitológica. Mas como é agora? Podemos dizer hoje, após se fazerem extensas investigações concernentes às nações antigas, que nem um só ponto da Bíblia fica refutado. As confiadas negativas dos primeiros críticos tem-se provado ousadias de ignorância. Prof. A. H. Sayce, um dos mais eminentes dos arquiologistas, diz: "Desde a descoberta das tábuas de Tel el-Amarna até agora, grandes coisas foram trazidas pela arqueologia e cada uma delas tem estado em harmonia com a Bíblia, enquanto quase cada uma delas tem sido mortífera contra as asserções dos críticos destruidores". Há um pouco mais de uma década a United Press irradiou o testemunho de A. S. Yahuda, primeiramente professor de História Bíblica na Universidade de Berlin e mais tarde de linguagem semítica na Universidade de Madrid no sentido que "toda a descoberta arqueológica da Palestina e Mesopotamia do período bíblico traz a exatez histórica da Bíblia ".

II. É a Bíblia revelação de Deus?

Estamos agora na consideração de uma outra questão. Um livro historicamente correto podia ser de origem humana. É isto verdade da Bíblia?

1. UMA PROBABILIDADE ANTECEDENTE.

Um pensamento cuidadoso, á parte da questão se a Bíblia é a revelação de Deus, convencerá qualquer crente bem intencionado na existência de Deus de que é altamente provável que Deus deu ao homem uma revelação escrita explícita e duradoura da vontade divina. A consciência do homem informa-o da existência da lei. Como foi bem dito: "A consciência não estabelece uma lei, ela adverte da existência de uma lei." (Diman, Theistic Argument). Quando o homem tem o senso comum de que está procedendo mal, ele tem a indicação de que transgrediu alguma lei. Quem mais, fora de Jeová, cuja existência achamos ser um fato estabelecido, poderia ser o autor dessa lei? E desde que o homem pensa intuitivamente de Deus como sendo bom, ele deve pensar do propósito de Sua lei como sendo bom. Portanto, não podemos pensar desta lei como sendo para o mero propósito de condenação. Deve ser que esta lei é para a disciplina do homem em justiça. Devemos também concluir que Deus, sendo mostrado ser sábio por Suas maravilhosas obras, usaria dos meios mais eficazes para a execução do seu propósito por meio da lei. Isto argue por uma revelação escrita, porque qualquer grau notável de obediência a uma lei justa é impossível ao homem sem conhecimento dessa lei. A natureza e a razão são incertas demais, indistintas, incompletas e insuficientes para o propósito.

Mais ainda, E. Y. Mullins diz: "A mesma idéia de religião contém no seu âmago a idéia de revelação. Nenhuma definição de religião que omite essa outra idéia pode permanecer à luz dos fatos. Se o fiel fala a Deus e Deus fica para sempre silente ao fiel, temos somente um ângulo da religião e a religião se torna uma casuística sem sentido" (The Christian Religion in its Doctrinal Expression).

2. UMA PRESUNÇÃO RAZOÁVEL

"Se a Bíblia não é o que o povo cristão do mundo pensa ser, então temos em nossas mãos o tremendo problema de dar conta de sua crescida e crescente popularidade entre a grande maioria do povo mais iluminado da terra e em face de quase toda a oposição concebível" (Jonathan Rigdon, Science and Religion).

Grandes esforços se fizeram para destruir a Bíblia como nunca antes se produziram para a destruição de qualquer outro livro. Seus inimigos tentaram persistentemente deter sua influencia. A crítica assaltou-a e o ridículo escarneceu-a. A ciência e a filosofia foram invocadas para desacreditá-la. Á astronomia, no descortinar das maravilhas celestes, pediram-se alguns fatos para denegri-la e a geologia, nas suas buscas na terra foi importunada para lançar-lhe suspeita." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines). Contudo
"Firme, serena, imovível, a mesma
Ano após ano...
Arde eternamente na chama inapagável;
Fulge na luz inextinguível".
Whitaker
A Bíblia "levanta-se hoje como uma fênix do fogo com um ar de mistura de dó e desdém pelos seus adversários, tão ilesa como foram Sidraque, Misaque e Abdenego na fornalha de Nabucodonozor" (Collet, All About the Bible).

Não é provável que qualquer produção meramente humana pudesse triunfar sobre semelhante oposição como a que se moveu contra a Bíblia.

3. PROVAS DE QUE A BÍBLIA É A REVELAÇÃO DE DEUS.

(1) As grandes diferenças entre a Bíblia e os escritos dos homens evidenciam que ela não é uma simples produção humana.

Estas diferenças são: -

A. Quanto ás suas profundezas e alcances de sentido.

"Há infinitas profundezas e alcances inexauríveis de sentido na Escritura, cuja diferença é de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve ser divino" (Strong). Podemos apanhar as produções dos homens e ajuntar tudo quanto eles têm a dizer numa só leitura. Mas não assim com a Bíblia. Podemos le-la repetidamente e achar novos e mais profundos sentidos. Vacilam nossas mentes ante sua profundeza de sentido.

B. Quanto ao seu poder, encanto, atração e frescura perene.

Os escritores bíblicos são incomparáveis no "seu poder dramático", esse encanto divino e indefinível, esse atrativo misterioso e sempre atual que neles achamos em toda a nossa vida como nas cenas da natureza, um encanto sempre fresco. Depois de estarmos deliciados e tocados por essas incomparáveis narrativas em nossa infância remota, elas ainda revivem e afetam nossas ternas emoções mesmo no declínio grisalho. Deve haver, certamente, algo sobre-humano na mesma humanidade dessas formas tão familiares e tão singelas" (L. Gaussen, Theopneustia). E este mesmo autor sugere uma comparação entre a história de José na Bíblia e a mesma história no Al-Korão. Outro autor (Mornay) sugere uma comparação entre a história de Israel na Bíblia e a mesma história em Flavio Joséfo. Diz ele que ao ler a história bíblica, os homens "sentirão vibrar todos os seus corpos, mover seus corações, sobrevindo-lhes num momento uma ternura de afeto, mais do que se todos os oradores da Grécia e Roma lhes tivessem pregado as mesmas matérias por um dia inteiro". Diz ele dos relatos de Joséfo, "que se deixarão mais frio e menos emocionado do que quando os achou". Ajunta então: "Que, então, se esta Escritura tem na sua humildade mais elevação, na sua simplicidade mais profundeza, na sua ausência de todo esforço mais encantos, na sua rudeza mais vigor e alvo do que podemos achar noutro lugar qualquer?"

C. Quanto a sua incomparável concisão.

No livro do Gênesis temos uma história que fala da criação da terra e de ela ser feita lugar adequado para habitação do homem. Fala da criação do homem, animais, plantas e da sua colocação na terra. Fala da apostasia do homem, do primeiro culto, do primeiro assassínio, do dilúvio, da repopulação da terra, da dispersão dos homens, da origem da presente diversidade de línguas, da fundação da nação judaica e do desenvolvimento e das experiências dessa nação durante uns quinhentos anos; tudo, todavia, contido em cinqüenta capítulos notavelmente breves. Comparai agora com isto a história escrita por Joséfo. Tanto Moisés como Joséfo foram judeus, ambos escreveram sobre os judeus, mas Joséfo ocupa mais espaço com a história de sua própria vida do que Moisés consome no arquivo da história desde a criação até ä morte de José. Tomai também os escritos dos evangelistas. "Quem entre nós podia ter sido durante três anos e meio testemunha constante, amigo apaixonadamente chegado, de um homem como Jesus Cristo; quem podia ter podido escrever em dezesseis ou dezessete curtos capítulos,... a história inteira dessa vida: - do Seu nascimento, o Seu ministério, dos Seus milagres, das Suas pregações, dos Seus sofrimentos, de Sua morte, de Sua ressurreição, de Sua ascensão aos céus? Quem entre nós teria julgado possível evitar de dizer uma palavra sobre os primeiros trinta anos de uma semelhante vida? Quem entre nós podia ter relatado tanto atos de bondade sem uma exclamação; tantos milagres sem uma reflexão a respeito; tantos sublimes pensamentos sem uma ênfase; tantas fraquezas sem pecado no seu Mestre e tantas fraquezas pecaminosas nos Seus discípulos, sem nenhuma supressão; tantos casos de resistência, tanta ignorância, tanta dureza de coração, sem a mais leve desculpa ou comento? É assim que os homens escrevem história? E mais, quem entre nós podia ter sabido como distinguir o que exigia ser dito por alto do que exigia sê-lo em minúcia?" (Gaussen).

(2) A revelação de coisas que o homem, deixado a si mesmo, jamais podia ter descoberto dá evidência da origem sobre-humana da Bíblia

A. O relato da Criação.

Onde pôde Moisés ter obtido isto, se Deus não lho revelou? "A própria sugestão de ter Moisés obtido sua informação histórica dessas legendas caldáicas e de Gilgamesh... é simplesmente absurda; porque, interessantes como são, estão de tal modo cheias de asneiras que Moisés teria sido impossível ou a qualquer outro homem, praticamente, evolver de tais legendas místicas os registros sóbrios, reverentes e científicos que se acham no livro do Gênesis" (Collett).

B. A doutrina dos anjos.

"Foi alguma coisa parecida com os anjos concebida pela imaginação do povo, pelos seus poetas, ou pelos seus sábios? Não; nem mesmo mostraram jamais aproximar-se disso. Perceber-se-á, quão impossível foi, sem uma operação constante da parte de Deus, que as narrativas bíblicas, ao tratarem de um tal assunto, não tivessem considerado constantemente a impressão humana demais de nossas acanhadas concepções; ou que os escritores sagrados não tivessem deixado escapar de suas penas toques imprudentes ao vestirem os anjos com atributos divinos demais ou afetos humanos demais." (Gaussen).

C. A onipresença de Deus.

Representam as seguintes passagens a conclusão da filosofia humana?

"Sou eu um Deus de perto, diz Jeová, e não sou um Deus de longe? Pode alguém esconder-se em lugares secretos de modo que eu não o veja? diz Jeová. Não encho eu o céu e a terra? diz Jeová (Jer. 23:23,24).

"Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e a Tua destra me susterá." (Sal. 139:7-10).

Estas passagens e outras na Bíblia ensinam, não o panteísmo, nem que Deus está em diferentes lugares sucessivamente senão que Ele está em toda a parte ao mesmo tempo e contudo separados como Ser fora da Criação. O intelecto desajudado do homem originou esta concepção, vendo que, mesmo quando ele tem sido acomodado, a mente do homem pode compreende-lo só parcialmente?

D. O problema da redenção humana.

Se fora submetido ao homem o problema de como Deus podia ser justo e justificador do ímpio, teria o homem proposto, como solução, que Deus se tornasse carne e sofresse em lugar do homem?

"Que a criatura culpada fosse salva a custa da incarnação do Criador; que a vida viesse aos filhos dos homens através da morte do Filho de Deus; que o céu se tornasse acessível à população distante da terra pelo sangue de uma cruz vergonhosa; estava totalmente remoto a todas as concepções finitas. Mesmo quando a maravilha se tornou conhecida pelo Evangelho, ela excitou o desprezo dos judeus e dos gregos: para os primeiros pedra de escândalo e ofensa, loucura para os últimos. Eram os gregos um povo altamente culto, de intelecto agudo, profundos na filosofia, subtis em arrazoar, mas ridicularizaram a idéia de salvação por meio de um que fora crucificado. Bem podem ser considerados como representando as possibilidades do intelecto humano, o que ele pode fazer; e, tão longe de pretenderem a doutrina cristã da redenção como uma invenção de filósofos, riram-se dela como indigna da filosofia. Rejeitaram os fatos do Evangelho como incríveis, porque pareciam estar em conflito positivo com as suas concepções da razão." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines).

"Como podiam esses livros ter sido escritos por semelhantes homens, em semelhantes ambientes sem auxílio divino? Quando consideramos os assuntos discutidos, as idéias apresentadas, tão hostis não só aos seus prejuízos nativos, mas ao sentimento geral então prevalecente nos mais sábios da humanidade, - o sistema todo de princípios entresachado em toda parte de história, poética e promessa, bem como de insignificantes maravilhas e singulares excelências da palavra; nossas mentes se constrangem a reconhecer este como o Livro de Deus num sentido elevado e peculiar" (Masil Manly, The Bible Doctrine of Inspiration).

(3) A unidade maravilhosa da Bíblia confirma-a como uma revelação divina.

"Eis aqui um volume constituído de sessenta e seis livros escritos em seções separadas, por centenas de pessoas diferentes, durante um período de mil e quinhentos anos, - um volume que antedata nos seus registros mais antigos todos os outros livros no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento em centenas de diferentes pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalável ao tratar desses inumeráveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo centenário se pode dizer isto?" (Manly, The Bible Doctrines of Inspiration).

A Bíblia contém quase toda a forma de literatura, - história, biografia, contos, dramas, argumentos, poética, sátiras e cantos. Foi escrita em três línguas por uns quarenta autores diferentes, que viveram em três continentes. Esteve no processo de composição uns mil quinhentos ou seiscentos anos. "Entre esses autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas, advogados, generais, pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando assim todas as experiências dos homens." (Peloubet, Bible Dictionary).

Entretanto, a Bíblia está em harmonia em todas as suas partes. Os críticos tem imaginado contradições, mas estas desaparecem como a cerração ao sol matutino quando se sujeitam à luz de uma investigação inteligente, cuidadosa, cândida, justa e simpática. Os seguintes sinais de unidade caracterizam a Bíblia:-

A. É uma unidade no seu desígnio.

O grande desígnio número um que percorre toda a Bíblia é a revelação de como o homem, alienado de Deus, pode achar restauração ao favor e à comunhão de Deus.

B. É uma unidade no seu ensino a respeito de Deus

Cada informação na Bíblia concernente Deus é compatível com todas as outras afirmações. Nenhum escritor contraditou qualquer outro escritor ao escrever sobre o tema estupendo do Deus inefável e infinito!

C. É uma unidade no seu ensino a respeito do homem.

Em toda a parte da Bíblia mostra-se o homem criatura por natureza corrupta, pecaminosa, rebelde e falida sob a ira de Deus e carecendo de redenção.

D. É uma unidade no seu ensino a respeito da salvação.

O meio de Salvação não se fez tão claro no Velho como em o Novo Testamento. Mas vê-se-o prontamente prenunciado no Velho por claramente revelado em o Novo Testamento. Pedro afirmou que os santos do Velho Testamento salvaram-se exatamente da mesma maneira que os do Novo, Atos 15:10,11. O suposto conflito entre Tiago e Paulo sobre a justificação será tratada no respectivo capítulo.

E. É uma unidade quanto à Lei de Deus.

Um ideal perfeito de justiça está retratado por toda a Bíblia a desrespeito do fato que Deus, em harmonia com as leis do desenvolvimento humano, ajustou Seu governo às necessidades de Israel para que pudesse erguer-se do seu rude estado. Este ajustamento da disciplina de Deus foi como uma escada descida a um fosso para prover um meio de escape a alguém lá enlaçado. A descida da escada não visa a um encorajamento ao que está no fundo para deter-se lá, mas intenciona-se como meio de livramento; de modo que a condescendência da disciplina de Deus no caso de Israel não foi pensada como um encorajamento do mal, mas como uma regulação do mal com o propósito de levantar o povo a um plano mais elevado. Negar a unidade da Lei de Deus por causa de adaptações às necessidades de povos particulares é tão tolo como negar a unidade dos planos do arquiteto pelo fato de ele usar andaimes temporária na execução deles.

F. É uma unidade no desenredo progressivo da doutrina.

A verdade toda não foi dada de uma vez na Bíblia. Contudo, há unidade. A unidade no desenredo progressivo é a unidade do crescimento vegetal. Primeiro vemos a erva, depois a espiga e então o grão cheio na espiga" (Marcos 4:28).

A força desta unidade maravilhosa na sua aplicação à questão da inspiração da Bíblia está acentuada por David James Burrell como segue: - "Se quarenta pessoas dispares de diferentes línguas e graus de educação musical tivessem de passar pela galeria de um órgão em longos intervalos e, sem nenhuma possibilidade de colisão, cada uma delas tocasse sessenta e seis teclas, as quais, quando combinadas, dessem o tema de um oratório, submeter-se-ia respeitosamente que o homem que considerasse isso como uma "circunstancia fortuita" seria tido por consenso unanime universal - para dize-lo modestamente - tristemente falto de senso comum" (Why I Believe The Bible).

(4) A exatez da Bíblia em matérias cientificas prova que ela não é de origem humana.

A. A Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural.

Diz-se corretamente que a Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural. Não foi dada para ensinar o caminho que os céus vão, mas o caminho que vai para o céu.

B. Todavia, ela faz referência a matérias cientificas.

"Por outro lado, contudo, vendo que o universo inteiro esta de tal modo inteira e inseparavelmente ligado com leis e princípios, é inconcebível que este livro de Deus, que confessadamente trata de tudo no universo quanto afeta os mais altos interesses do homem, não fizesse referência alguma a qualquer matéria cientifica; daí acharmos referência incidentais a vários ramos da ciência... (Sidney Collett, All About The Bible).

C. E quando a Bíblia faz referência a matérias cientificas, é exatíssima.

A Bíblia não contém os erros científicos do seu tempo. Ela antecipou as gabadas descobertas dos homens centenas de anos. Nenhum dos seus estatuídos provou-se errôneo. E é somente nos tempos hodiernos que os homens chegam a entender alguns deles. Notai as seguintes referências bíblicas a matérias cientificas:

(a) A rotundidade da terra. Séculos antes de os homens saberem que a terra é redonda a Bíblia falou do "circulo da terra" (Isaías 40:22).

(b) O suporte gravitacional da terra. Os homens costumavam discutir a questão de que é que sustenta a terra, sendo avançadas diversas teorias. Finalmente os cientistas descobriram que a terra é sustentada por sua própria gravitação e a de outros corpos. Mas, muitos antes de os homens saberem isto, e enquanto contendiam por este ou aquele fundamento material para a terra, a Bíblia declarou que Deus "pendura a terra sobre o nada" (Jó 26:7).

(c) A natureza dos céus. A Bíblia fala dos céus como "expansão" e isto estava tão adiante da ciência que a palavra hebraica (raquia) foi traduzida por "firmamento" (Gênesis 1; Sal. 19:6), que quer dizer um suporte sólido.

(d) A expansão vazia do Norte. Foi só na metade do século passado que o Observatório de Washington descobriu que, dentro dos céus do Norte, há uma grande expansão vazia na qual não há uma só estrela visível. Mas antes de três mil anos a Bíblia informou aos homens que Deus "estendeu o Norte sobre o espaço vazio" (Jó 26:7).

(e) O peso do Ar. Credita-se Galileu com a descoberta que o ar tem peso, - algo com que os homens jamais tinham sonhado; mas, dois mil anos antes da descoberta de Galileu a Bíblia disse que Deus fez "um peso do vento" (Jó 28:25).

(f) A rotação da terra. Ao falar de sua segunda vinda, Cristo deu indicação de que seria noite numa parte, dia na outra (Lucas 17:34-36), implicando assim a rotação da terra sobre seu eixo.

(g) O número de estrelas. Hiparco numerou as estrelas em 1002, mas a Bíblia antecipou as revelações do telescópio e classificou as estrelas com a areia na praia (Gên. 22:17).

Comparai agora esses verdadeiros estatuídos científicos com as noções cruas e com os erros grosseiros concernentes ao universo a serem achados em outras velhas teologias, tais como as de Homero, Hesiodo e os códigos dos gregos; também os livros sagrados dos budistas, bramanes e maometanos.

(5) A profecia cumprida testemunha ao fato que a Bíblia veio de Deus.

A. A referência profética a Ciro.

Cinqüenta anos antes do nascimento de Ciro, Rei, o qual decretou que os filhos de Israel voltassem à sua terra, Isaías falou de Deus como "aquele que disse de Ciro, ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Sê edificada, e ao tempo: Funda-te" (Isaías 44:28).

B. A profecia do cativeiro babilônico. Vide Jer. 25:11.

C. Profecias a respeito de Cristo.

(a) A rotura de Suas vestes. Salmos 22:18. Cumprimento: João 19:23,24.

(b) O fato de os Seus ossos não serem quebrados. Sal. 34:20. Cumprimento: João 19:36.

(c) Sua traição. Sal. 41:9. Cumprimento: João 13:18.

(d) Sua morte com os ladrões e enterro no túmulo de José. Isaías 53:9. Cumprimento: Mat. 27:38, 57-60.

(e) O Seu nascimento em Belém. Miqueas 5:2. Cumprimento: Mat. 2:1,2; João 7:42.

(f) Sua entrada triunfal em Jerusalém. Zacarias 9:9. Cumprimento: Mat. 21:1-10; João 12:12-16.

(g) Seu traspasse. Zacarias 12:10. Cumprimento: João 19:34,37.

(h) Dispersão dos Seus discípulos. Zac. 13:7. Cumprimento: Mat. 26:31.

Há, porém, uma explicação plausível da maravilha da profecia cumprida e essa explicação é que Ele "que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade" (Efe. 1:11) moveu a mão do escritor da profecia.

(6) O testemunho de Cristo prova a genuinidade da Bíblia como uma revelação de Deus.

Jesus considerou o Velho Testamento como a Palavra de Deus, a ele se referiu freqüentemente como tal e disse:- "A Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35). Ele também prometeu ulterior revelação por meio dos apóstolos (João 16:12,13). Temos assim Sua pre-autenticação do Novo Testamento.

O testemunho de Jesus é de valor único, porque Sua vida provou-O ser o que Ele professou ser, - uma revelação de Deus. Jesus não se enganou; "porque isto argüiria (a) uma fraqueza e loucura montando a positiva insanidade. Mas Sua vida inteira e caráter exibiram uma calma, dignidade, equilíbrio, introspeção e domínio pessoal totalmente antagônicos com semelhante teoria. Ou argüiria (b) auto-ignorância e auto-exagero que podiam provir apenas da mais profunda perversão moral. Mas a pureza absoluta de Sua consciência, a humildade do Seu espírito, a beneficência abnegada de Sua vida mostram ser incrível esta hipótese". Nem Jesus foi um enganador, porque (a) a santidade perfeitamente compatível de Sua vida; a confiança não vacilante com a qual Ele desafiava para uma investigação de suas pretensões e arriscava tudo sobre o resultado; (b) a vasta improbabilidade de uma vida inteira mentir aos declarados interesses da verdade e (c) a impossibilidade de decepção opera tal benção ao mundo, - tudo mostra que Jesus não foi um impostor cônscio" (A. H. Strong).
III. O que constitui a Bíblia?

Do que já se disse, manifesto é que o autor crê que a Bíblia, revelação de Deus, consiste de sessenta e seis livros do que é conhecido como o Canon Protestante.

Aqui não é necessário um prolongado e trabalhado argumento e nada será tentado. A matéria inteira, tanto quanto respeita aos que crêem na divindade de Cristo, pode ser firmada pelo Seu testemunho.

Notemos:

1. Cristo aceitou os trinta e nove livros de nosso Velho Testamento como constituindo a revelação escrita que Deus tinha dado até aquele tempo.

Esses livros compunham a "Escritura" (um termo que ocorre trinta e três vezes em o Novo Testamento) aceita pelos judeus. Crê-se que eles foram reunidos e arranjados por Esdras. Foram traduzidos do hebraico para o grego algum tempo antes do advento de Cristo. Não pode haver dúvida de que Cristo aceitou esses livros e nenhuns outros como constituindo os escritos que Deus inspirou até aquele tempo. Ele citou esses livros na formula: "Está escrito". Ele referiu-se a eles como "Escritura". E Ele disse: "... a Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35).

Por outro lado, nem uma vez Cristo citou ou referiu-se aos livros que se acrescentaram ao Cânon Protestante para inteirar o Velho Testamento na Bíblia Católica (Versão Douay). E admiti-se, autoridades católicas, que os judeus do tempo de Cristo não aceitaram os mesmos como inspirados. (Nota adicional: Num Catecismo da Bíblia, escrito pelo "Rev. John O'Brien, M. A.", e publicado pela sociedade Internacional da Verdade Católica, de Brooklyn, à página 10, faz-se esta pergunta sobre esses livros :- "Foram os livros adicionados aceitos pelos hebreus?". A resposta dada é: - "Não, os hebreus recusaram-se a aceitar esses livros adicionais.") O Cânon Protestante do Velho Testamento é o cânon aceito pelo povo escolhido de Deus e pelo Filho de Deus, bem como pelos apóstolos.

2. Cristo também prometeu uma revelação ulterior além mesmo de tudo que Ele tinha ensinado.

Em João 16:12,13 achamos Cristo falando aos apóstolos como segue: "Ainda tenho muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Não obstante, quando Ele, o Espírito de verdade vier, guiar-vos-á em toda a verdade; porque Ele não falará de Si mesmo, mas falará tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir".

Ainda mais: Cristo constituiu aos apóstolos um corpo de mestres infalíveis quando em Mat. 18:18 disse: "Na verdade vos digo: o que ligardes na terra será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligada no céu". "Ligar" quer dizer proibir, isto é, ensinar que uma coisa está errada. "Desligar" é consentir, sancionar, ensinar que uma coisa está certa. Assim Cristo prometeu sancionar no céu o que quer que os apóstolos ensinaram na terra. João 20:22,23 é da mesma importância.

Em o Novo Testamento temos esta revelação ulterior que Cristo deu por meio do Seu corpo infalível de mestres. Os poucos livros não escritos pelos apóstolos receberam o seu lugar no cânon, evidentemente, porque os apóstolos os aprovaram. De qualquer maneira, o seu ensino é o mesmo como o dos demais livros do cânon.

No Novo Testamento veio a existir da mesma maneia que o Velho, isto é, o cânon foi determinado pelo consenso de opinião da parte do próprio povo de Deus. O fato que Deus deu e conservou uma revelação infalível da velha dispensação argue que Ele fez o mesmo com referência ao novo.
IV. É a Bíblia final como revelação de Deus?

A finalidade da Bíblia está sendo rejeitada hoje a favor de uma revelação que está ainda em processo. Esta idéia é adotada por aqueles que estão contaminados de modernismo. Ninguém que crê na divina inspiração da Bíblia adotará esta idéia. Devemos voltar a Cristo por um estatuído autoritativo concernente à inspiração dos escritores apostólicos, o qual não nos dá nenhuma garantia em pretender que esta inspiração se estendeu além dos apóstolos. Que ensinos, não contrários ao Novo Testamento, podem os crentes da revelação progressiva indicar como tendo sido revelados desde os tempos apostólicos? O Novo Testamento é manifestamente completo e final.


Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.

( Fonte: Site Palavra Prudente)

20 de set. de 2009

NOSSO DESCANSO


Mateus 11:28

Descanso. Ah, a palavra abençoada, descanso. Descanso é de cessar qualquer movimento com o propósito de recuperar ou renovar a força . Tantos procuram e desejam o repouso e tranqüilidade mas poucos que o obtêm. A passagem de Mateus 11:28 nos ensina que Cristo é o descanso. Ele já é seu?

O homem que ainda não conhece Cristo como seu Salvador pessoal, por mais que finge, não tem paz ("Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus", Isa 75:21). O homem natural é seu próprio inimigo pois verdadeiramente ele resiste o que é para seu proveito (II Tim 2:25). O homem foi feito para a glória de Deus e isso se faz pela obediência da Palavra de Deus, mas o homem natural só procura a sua própria glória. Ele segue a inclinação da carne no que ele pensa, deseja e faz e isto leva só à morte (Rom 8:6). Na procura de preencher o lugar vago no seu coração, ele rejeita a benignidade do Senhor que satisfaz e, em vez de bênçãos de Deus, o homem natural gasta o dinheiro naquilo que não é pão e o produto do seu trabalhos naquilo que não pode satisfazer (Isa 55:2). Enquanto não submete-se à salvação em Cristo, o homem natural obstinadamente trilha o seu caminho áspero (Prov 13:15) e no fim deste caminho, perecerá (Sal 1:6) e isso num lugar onde só achará atormentação para todo o sempre (Apoc 21:10-15). O homem, na sabedoria natural realmente é inimigo de si mesmo pois o próprio conselho do seu coração leve para o seu fim desastroso.

A estes, Cristo chama para o descanso, sim descanso divino de alma, de espírito, de coração. Tal tranqüilidade e quietação só pode vir de cima, do Príncipe da Paz , Jesus Cristo (Isa 9:6). É Cristo que chama o cansado e oprimido a Si (Mat. 11:28) pois é só por Ele que há paz com Deus (João 14:6). Foi Cristo que tomou toda a condenação que é sobre o pecador; foi Cristo que sofreu o castigo que traz a paz com o Deus santo; cairiam sobre Cristo as iniquidades das Suas ovelhas (Isa. 53:4-6). Por Cristo o homem pecador é apresentado com alegria perante a glória de Deus (Judas 25) pois por Cristo o homem natural é feito uma nova criatura (II Cor 5:17). Quando o pecador se cansa de comer as bolotas dos porcos e torna aborrecido por ser oprimido pelo fruto do seu próprio caminho, ele pode retornar para Deus por Cristo confiando na obra completa do Salvador do pecador, Jesus Cristo. A promessa é que os que vem a Cristo, cansados e oprimidos dos seus caminhos, serão aliviados (Mat. 11:28; Isa 55:6,7).

O homem salvo em Cristo ainda tem uma batalha com a carne, a natureza do velho homem, o pecado (Rom 7:18,23, 24). Tentações voam ao redor do crente tanto quanto o pecador (I Cor 10:13; Heb 12:1) mas o crente tem Quem ajuda, uma escape e assim pode a suportar (Fil. 4:13). Mas mesmo assim, pelo engano do nosso próprio coração, pensamos que podemos viver a vida Cristã pela força da carne (Gal 3:3) e pensamos desproporcional nas coisas que são da terra (II Cor 10:12; Col 3:2-8).

Para o crente, Cristo não é só o descanso para a salvação mas também para a sua santificação. Quando o crente fôr tomado pelo pecado ele precisa voltar ao seu repouso (Sal 116:7) confessando o seu pecado e pondo se nos caminhos certos, nas veredas antigas e assim achará descanso para a sua alma novamente (Jer 6:16) sim paz como o rio, e justiça como as ondas do mar (Isa 48:17,18).

Para o crente ter este descanso da sua santificação, que é para a sua alma, é necessário que ele tome o jugo de Cristo e aprende de Cristo continuamente (Mat. 11:29). Isso quer dizer crescer em graça e no conhecimento de Cristo (II Ped 3:18) à medida que está sendo conforme à Sua imagem (Rom 8:29) pela obediência das Suas palavras (Mat. 7:24; João 15:10; Tiago 2:26). A obra da obediência do crente não faz que ele seja mais e mais salvo, mas faz que ele cresça como crente e apareça mais e mais como um filho de Deus cada dia (Prov 4:18). Isto é santificação. Para tais bênçãos o crente precisa disciplinar seus pensamentos (Fil. 4:8) ao ponto de levar cativo todo o entendimento à obediência de Cristo (II Cor 10:5). É assim que deleitará na abundância de paz (Sal 37:11) de dia em dia. É assim que terá o fruto do Espírito Santo que é paz (Gal 5:22). É difícil servir o Senhor, mas o descanso que Ele certamente dá, recompensa qualquer custo aparente.

Tem achado o descanso da canseira e opressão do seu próprio caminho pecaminoso? Só pode achar tal descanso de alma em Cristo.

Cristo é seu descanso continua na vida Cristã? Tanto mais que toma o Seu jugo e aprenda de Cristo, quanto mais descanso conhecerá.


Autor: Pastor Calvin Gardner

18 de set. de 2009

A PRIMEIRA PEDRA

A Primeira Pedra

No Evangelho escrito pelo Apóstolo João, em seu capítulo 8º, há a narração de um fato ocorrido envolvendo a pessoa de Jesus Cristo, que é do conhecimento da maioria absoluta das pessoas que freqüentam a Igreja. Uma mulher foi flagrada no ato do adultério. E levaram esta mulher até Jesus, ansiosos para ter o consentimento do Mestre para poderem apedrejá-la até a morte.
Era de manhã cedo, e uma pequena multidão estava na praia ouvindo os ensinamentos de Jesus Cristo. De repente chegou uma outra multidão, trazendo uma mulher assustada. Aterrorizada seria o termo mais correto. Acredito que a multidão, sedenta de sangue, já havia torturado, espancado, seviciado, rasgado as suas vestes daquela mulher. Ela foi jogada aos pés de Jesus. As pessoas que já estavam com Jesus se uniram aos que trouxeram a mulher, ansiosos para também descarregar a sua ira, a sua frustração, a sua animalidade, a sua irracionalidade, a sua impiedade, a sua bestialidade sobre aquela mulher.
Os seres humanos são maus, são péssimos, são horríveis. Amar é assumir o risco de sofrer uma decepção, porque somos, todos nós, perversos, e temos prazer na aflição alheia.
Há dois elementos que podem ser observados nesta situação: de um lado a multidão que queria se divertir às custas da vida daquela mulher; e de outro, os escribas e fariseus, que queriam colocar Jesus num beco sem saída. Se Jesus tivesse concordado com a execução da mulher, então, o seu ministério de amor seria uma farsa. Por outro lado, se Jesus determinasse o perdão da mulher, estaria indo contra a Lei de Moisés. O que não poderia ocorrer, uma vez que Ele próprio já afirmara que não viera a revogar a Lei de Moisés, mas sim a cumpri-la.
Uma turba exaltada se formou, contando, inclusive, com as pessoas que estavam a ouvir os ensinamentos de Jesus antes da chegada dos escribas e dos fariseus. Todos já estavam excitados com a possibilidade de poderem atirar "uma pedrinha" na mulher.
Nós seres humanos somos naturalmente propensos a extravasar a nossa frustração, e nossa infelicidade sobre pessoas que nada tem a ver com o nosso sofrimento. Freqüentemente a nossa decepção se torna frustração, e posteriormente em raiva. Então passamos a ansiar por matar, esquartejar, queimar em praça pública mesmo aqueles que são inocentes de nosso sofrimento (os filhos que o digam...).
Jesus esperou mais alguns minutos, até que a multidão armada com as pedras, exigiu de Jesus uma posição, um pronunciamento, uma decisão, uma sentença. Imagino que quando Jesus se colocou em pé, a multidão, apreensiva, fez um silêncio de morte (morte da mulher). Jesus se levantou e disse uma coisa que ninguém esperava. Ele não disse "sim", não disse "não". Mas a sua resposta não poderia ter sido mais dura, mais eficaz, mais cortante e penetrante: "aquele que não tem pecados, seja o primeiro a atirar a pedra". Em outras palavras, somente quem fosse santo, quem não tivesse pecados, quem fosse puro de mãos e limpo de coração, que não entregasse a sua alma à vaidade e nem jurasse enganosamente (Salmos 24), poderia ser o primeiro a atirar a pedra.
E a Bíblia diz que aos poucos a multidão se dispersou. Todos foram para as suas casas, acusados pela própria consciência, deixando a mulher e Jesus sozinhos. Quando a mulher ficou a sós com Jesus, ela poderia ter fugido. Mas não o fez. Por que aquela mulher não fugiu?
Nós seres humanos, temos uma reação instintiva de fugir sempre. Nós fugimos daquilo que pode nos causar dor e sofrimento. É uma reação natural. Você já pensou em fugir de alguém alguma vez em sua vida? Ir para bem longe onde ninguém te ache, ninguém te conheça, ninguém te acuse, ninguém saiba do teu passado?
Por que fugir? Para ter um alívio momentâneo e imediato. Mas não é possível fugir sempre. Aliás, existem duas pessoas de quem você não poderá fugir para sempre, e nem há local do mundo onde possa se esconder delas: Deus e você mesmo. É por isso que aquela mulher não fugiu. Mais cedo ou mais tarde você vai ter que enfrentar o seu Deus. Não vai poder fugir dele para sempre. E quanto mais tempo demorar, mais dor e sofrimento vai colher...
Eu gostaria de chamar a tua atenção para dois fatos nesta passagem. A primeira é que Jesus não disse: "quem não é adúltero atire a primeira pedra", dando a entender que os que não eram adúlteros poderiam condenar aquela mulher. A exigência, o requisito, a habilitação exigida por Jesus para que alguém pudesse condenar aquela mulher era uma condição intransponível: não ter pecados, não ter nenhum pecado. E diante desta condição, somos forçados a concluir que o único que poderia atirar as tais pedras era o próprio Jesus Cristo...
Não obstante, nós, da igreja moderna, pensamos que podemos atirar pedras sobre aqueles que cometem os pecados que nós não cometemos. Isto é, pensamos que podemos condenar os adúlteros porque não cometemos adultério; os ladrões porque não roubamos; os estupradores porque não cometemos estupro; os assassinos porque não matamos ninguém; os seqüestradores porque não seqüestramos ninguém; e assim sucessivamente. Em outras palavras, acreditamos que podemos condenar as pessoas que cometem os pecados que nós não cometemos. Olhamos para os pecados dos outros e nos julgamos melhores do que os outros. Em alguns casos chegamos a nos julgar santos e imaculados.
Quando nós nos arrogamos ao direito de condenar uma pessoa, quem quer que seja, e qualquer que seja o motivo, estamos simplesmente nos declarando santos, puros e imaculados. E merecedores de uma posição de destaque no Reino de Deus: juízes. São os juízes que tem o poder e a capacidade de julgar e condenar. Quando nós condenamos alguém, nós nos declaramos melhores do que as pessoas que condenamos. Talvez até com uma certa dose de razão, mas sem nenhum fundamento bíblico...
A justiça de Deus não é a mesma justiça que os seres humanos utilizam.
Essa colocação que fez Jesus Cristo nos coloca (a todos nós), num mesmo pé de igualdade. Mas nós, arrogantes, prepotentes, orgulhosos, ufanistas, hipócritas, acreditamos que nos é possível estarmos em situações diferentes porque não cometemos os mesmos pecados que cometem aqueles a quem condenamos.
O segundo fato para o qual gostaria de chamar a tua atenção é que a própria mulher adúltera não tinha o direito de se condenar. De atirar pedras sobre a própria cabeça. Não poderia ser a sua própria acusadora, juíza e carrasca.
Nós, membros de alguma das igrejas de Jesus Cristo, não temos o direito de nos condenarmos ao inferno, ao fogo eterno. Não importa o tamanho ou a gravidade de nosso pecado. Se deliberadamente nos afastamos da Igreja, estamos a nos condenar à separação eterna de nosso Deus. Muito embora todos os dias milhares de pessoas cometam este tipo de "suicídio espiritual", dizendo-se indignos da graça, do perdão e da misericórdia de nosso Deus.
Se nosso Deus nos tratasse do modo como merecemos ser tratados, onde estaríamos nós? Algum de nós, com toda sinceridade, pode olhar para os céus, e reivindicar, requerer, exigir alguma coisa de Deus fundado em sua própria santidade e pureza? De se lembrar que pecado não é somente matar, roubar e estuprar, como muitos pensam. Mas pecado é tudo aquilo que fere, ofende, magoa e entristece o coração de Deus e o Espírito de Deus. O fato de sermos pecadores nos retira, e nos atira para longe da presença de Deus. Então nos vemos em uma situação de desespero: o pecado nos retira da presença de Deus, de modo que não podemos exigir nada de Deus. Por outro lado não podemos (nós mesmos) atirarmo-nos ao inferno por termos pecado (não importa qual tenha sido o pecado).
Olhe para a tua vida, para a tua conduta, para os teus sentimentos, para os teus desejos mais secretos, para os sonhos sórdidos e imorais, para a raiva e o rancor que possivelmente você tenha guardado. Você pode dizer que não tem pecados para poder condenar quem tem pecados? Lembre-se de que o fato de não ter cometido o mesmo pecado de quem você quer condenar, não te autoriza a fazê-lo... Ainda mais ainda se o pecador for... você mesmo!
Ninguém de nós merece alguma coisa de Deus, senão a sua ira e sua condenação. A salvação não é por merecimento. Não importa o que façamos ou deixamos de fazer. O que importa é se nós cremos ou não na misericórdia, no perdão, na regeneração e no amor de nosso Deus.
Crês isto? Então vai-te, e te seja feito assim como creste Jo.11:26, Mat.8:13


Autor: Takayoshi Katagiri

17 de set. de 2009

O Entristecer e Extinguir o Espírito Santo de Deus


Nesta oportunidade, gostaria de falar sobre duas passagens bíblicas que tratam sobre o Santo Espírito de Deus que são ignoradas pela maioria absoluta dos participantes de nossas igrejas: Efésios 4:30 e I Tessalonicenses 5:19, que tratam sobre não entristecer e não extinguir o Espírito Santo de Deus. O que vem a ser, e como ocorre o entristecimento e a extinção do Espírito Santo?
A Bíblia coloca de forma clara e indubitável que a vida cristã é semelhante ao nascimento e crescimento de uma pessoa natural. Costumo comparar esse crescimento à uma jornada montanha acima, começando por um pântano, um brejo, um lodaçal. As pessoas precisam sair do brejo, e começar a andar em terra firme numa geografia que vai subindo cada vez mais. À medida em que saímos do brejo e andamos montanha acima, percebemos que existem muito mais coisas à nossa volta, porque nossa vista vai cada vez mais longe. Consegue visualizar meu raciocínio? Os pântanos não ficam nos altiplanos, nos vãos entre as montanhas e nem entre os morros e colinas. No fundo dos vales, onde estão, não se consegue ver nada senão lama e plantas aquáticas, quando não animais asquerosos (cobras, lagartos, aranhas etc). Na lama, não se entende o amor de Deus, a salvação, a paz, o perdão, a misericórdia. Quem está na lama interessa-se apenas e tão-somente na própria diversão e prazer, na consecução de seus próprios objetivos egoístas, na própria felicidade.
Já tive a oportunidade de ministrar que há uma ignorância muito grande acerca de Deus em nossas igrejas. E essa ignorância não tem o poder, o condão de retirar, minimizar ou impedir as desastrosas, funestas e angustiantes conseqüências de nossos atos. Isto é, o fato de não sabermos o que vem a ser o entristecimento ou a extinção do Espírito Santo de Deus, e nem como isso ocorre, não faz com que este deixe de ficar triste ou extinto, quando fazemos algo que o entristeça ou o extinga. Consegue entender o que quero dizer?
Existe a possibilidade muito grande de que o(a) amado(a) leitor(a) esteja entristecendo ou extinguindo o Santo Espírito de Deus, mesmo sem sabê-lo. Quando isso ocorre, aos poucos as atividades na igreja vão perdendo a cor e o sabor. Vão perdendo sentido e objetivo. Começamos a deixar de sentir alegria nos cultos. Olhamos para os irmãos... ouvimos os cânticos e os louvores... os testemunhos... a pregação.... e parece que... tem alguma coisa faltando... fora do lugar.... alguma coisa parece estar errada, mas não conseguimos descobrir o que é. Os cultos parecem se tornar mecânicos, sem vida, unção, emoção, graça ou iluminação. Isto te parece familiar? Parece que as coisas vão secando...
A obra de Deus sobre a Terra é feita pelo Espírito Santo de Deus. É ele que nos dá alegria, nos motiva, e nos dirige no caminho pelo qual devemos andar. A Graça e o Poder de Deus é manifestada sobre a Terra através do Espírito de Deus. Sem a atuação, a operação do Espírito de Deus não há arrependimento, perdão, poder, alegria, união, unção, autoridade. Daí a necessidade de não se entristecer e nem se extinguir o Espírito de Deus em nossas vidas. Paulo advertiu seu discípulo Timóteo acerca dos apóstatas que tem a consciência cauterizada, insensível ao toque e à ação do Espírito de Deus (I Tim.4), e que por isso mesmo não se convencem do pecado, ou da justiça ou do Juízo (Jo. 16:8). Não reconhecemos que incorremos em pecado. Nossos atos, por piores que sejam, sempre terão uma explicação e uma justificativa.
Você tem sentido a ação do Espírito de Deus em tua vida? Mais: tem permitido a sua ação e operação? Tem sido dirigido, tomado, dominado, cheio do Espírito Santo de Deus? A gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta.

Parte 2
Na primeira parte da presente fizemos referencia à ação e operação do Santo Espírito de Deus no mundo, neste mundo. Gostaria de continuar falando, na presente, sobre o que vem a ser entristecer o Espírito Santo de Deus, e, principalmente, como isso ocorre, pois, sem a atuação do Espírito Santo de Deus, não somos convencidos do pecado, ou da justiça ou do Juízo. Nossos pecados sempre tem uma explicação e uma justificativa. Não aceitamos admoestação, aconselhamento ou exortação. Não admitimos que alguém venha nos dizer que estamos errados, ou que nossa prática não é a "mais recomendável", vamos assim dizer.
Na continuação, pretendemos, se Deus o permitir, explicar o que vem a ser a extinção do Espírito Santo de Deus.
A interpretação das passagens bíblicas pode ocorrer de diversas formas, e com os diversos fins, de acordo com os valores, a história e as intenções de cada um. Caso a interpretação ocorra com premissas (fundamentos, requisitos, bases) erradas, a conclusão também será errada.
Você pode ter uma outra visão, uma outra interpretação das Escrituras. Eu somente quero e posso expor a interpretação que, acredito, recebi do Senhor.
Imprescindível dizer que a interpretação das passagens bíblicas deve ocorrer de acordo com a direção e com a intenção do Santo Espírito de Deus, ou essa fonte de alegria, prazer e vida tornar-se-á fonte de dor, angústia e morte. O mapa que nos conduz aos tesouros escondidos (Pv.2) nos conduzirá à dor, ao inferno.
Analisando-se os versículos ao redor do analisado (Ef.4), vemos que é uma continuação de uma série de mandamentos negativos: não faça isso, não faça aquilo, não aja deste modo, não entristeça o Espírito Santo de Deus no qual está selado, e continua com esses mandamentos negativos. Daí porque concluímos que o entristecimento do Santo Espírito de Deus ocorre por uma atitude ativa. Quando fazemos o que não devemos fazer, quando praticamos um ato que é contrario à intenção, ao mandamento, ao desejo de Deus.
O Espírito Santo de Deus se entristece conosco quando ultrapassamos os limites da vontade de Deus.
Como saber a vontade de Deus? Como reconhecer a vontade de Deus. A vontade de Deus está expressa e revelada na Bíblia. Quem conhece a Bíblia conhece a vontade de Deus. De modo inverso, quem não conhece a Bíblia não conhece a vontade de Deus.
Nunca é demais lembrar que o mais importante não é o que está escrito na Bíblia, mas sim o que Deus quer nos dizer através da Bíblia (João 6:63 e II Cor.6:3).
Toda vez que você transpassa, ignora, quebra um mandamento negativo, quando faz o que não deve ou o que não pode fazer, está entristecendo o Santo Espírito de Deus.
Entende o quero dizer?
Se e quando você faz o que Deus não quer, você está entristecendo o Santo Espírito de Deus.
Deus quer que você aja de um modo amoroso, generoso, altruísta, respeitoso, honroso, piedoso e misericordioso para com todos, independente de sua fé, de sua condição espiritual. E Deus não quer que você aja de um modo egocêntrico, egoísta, ganancioso, oportunista, legalista, condenativo ou depreciativo com ninguém, independentemente de sua fé, de sua condição social.
Deus fica triste. O Santo Espírito de Deus fica triste quando fazemos o que não quer... e deixa de agir em nossa vida.
Você tem sentido a ação do Espírito de Deus em tua vida? Mais: tem dominado teu próprio espírito carnal e vendido sob a escravidão do pecado para deixar de fazer o que fere, magoa e entristece o Santo Espírito de Deus? A gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta.

Parte 3
Na primeira parte da presente fizemos referência à ação e operação do Santo Espírito de Deus no mundo, neste mundo. Na segunda parte explicamos como ocorre o entristecimento do Santo Espírito de Deus. Gostaria de terminar com a presente falando sobre a sua extinção na vida do cristão.
Não sei se pude ser claro o suficiente na mensagem anterior. O entristecimento e a extinção do Santo Espírito de Deus em nossa vida tem a mesma conseqüência: Ele deixa de agir em nossas vidas. Sem a atuação, a operação, a condução, a direção, o revolver das águas pelo Espírito de Deus, a nossa vida vai murchando... secando... morrendo, tal e qual o Autor de Salmos 32 a minha alma começou a secar como quando não há chuvas.
A diferença entre o entristecer e o extinguir o Espírito Santo de Deus é pequena, diáfana, superficial, tênue.
No contexto do versículo analisado (I Tess.5), vemos que é uma continuação de uma série de mandamentos positivos: faça isso, faça aquilo, aja deste modo, não extinga o Espírito Santo de Deus, e continua com esses mandamentos positivos. Daí porque concluímos que a extinção do Santo Espírito de Deus ocorre por uma atitude passiva, omitiva; quando deixamos de fazer o que deve ser feito; quando não praticamos um ato que é da expressa e direta vontade, intenção e desejo de Deus. O Espírito Santo de Deus vai sendo extinto de nossas vidas quando nos omitimos; quando descumprimos a suas ordens e mandamentos, quando deixamos de fazer o que é de sua expressa e direta vontade, quando recusamos suas orientações, admoestações, instruções e exortações. Ele deixa de falar conosco quando não damos ouvidos ao que nos diz.
Jesus disse que o Espírito Santo de Deus nos conduziria em todos os caminhos pelos quais deveríamos andar (Jo.16:13). E nos daria as palavras que precisássemos falar (Lc.12:12). Em Isaías 30:21 a Bíblia diz que ouviríamos uma voz atrás de nós nos dizendo para onde deveríamos ir, caso nos desviássemos para esquerda ou para a direita.
Contudo, todos nós somos carnais e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7). Somos avessos ao Espírito de Deus. A nossa reação natural é rejeitarmos as coisas do Espírito.
A ação de Deus sobre a terra ocorre pela ação e operação do Santo Espírito de Deus. Se e quando você não faz o que Deus quer, você está extinguindo o Santo Espírito de Deus. Não importam as tuas justificações, tuas explicações, tuas motivações, tua razões. É por isso que Autor da carta aos Hebreus dispersos insiste em não endurecermos o nosso coração como no dia da tentação no deserto (Heb.3).
Entende o que quero dizer?
Deus não quer que você seja medroso, que se omita diante da necessidade de outrem, que feche os olhos ao necessitado. Nosso Deus tem que valer mais do que nossos bens, nossa reputação, nossa família, nossos relacionamentos. Deus quer que você aja de um modo amoroso, generoso, altruísta, respeitoso, honroso, piedoso e misericordioso para com todos, independente de sua fé, de sua condição espiritual.
Nós somos as mãos, os pés, os braços e o coração de Deus sobre a Terra. Evidentemente, somos também o bolso de Deus sobre a Terra. É através de nós, cada um de nós que a obra de Deus se realiza na Terra.
Amado(a), você tem obedecido aos comandos do Santo Espírito de Deus, ou tem fechado os olhos, os ouvidos, e o coração para Deus? Você tem se colocado a serviço do Rei Jesus? Tem se sujeitado ao domínio e à direção do Espírito de Deus fazendo tudo que Ele manda e exorta?
Mais uma vez, a gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta.

Parte 4
Estamos estudando as formas pelos quais o Espírito Santo de Deus se entristece ou é extinto na vida do cristão. Na primeira parte fizemos referências à sua ação e atuação na vida do cristão. Na segunda parte analisamos (muito superficialmente) de que forma Ele é entristecido. Na terceira parte analisamos (mais superficialmente ainda) a forma como Ele é extinto. E na presente, com a graça e direção de Deus, vamos analisar os motivos pelos quais preferimos entristecer ou extinguir o Espírito de Deus.
São as nossas atitudes, as nossas escolhas, o nosso comportamento que fazem com que o Espírito de Deus se entristeça ou seja extinto de nossas vidas. Nossas atitudes, nossas escolhas, nosso comportamento são fruto de nossa personalidade. Nós, todos nós, externamos através de atos e palavras o que somos interiormente. Nossos pensamentos, sentimentos, valores, aspirações, desejos, sonhos, história, traumas, virtudes e defeitos são externados através de nosso comportamento.
Freqüentemente vemos uma certa... como é posso dizer?... "disparidade"?, "descompasso"?, "diferença"?, "contradição"? entre as palavras e o comportamento das pessoas. A Bíblia diz que é através de nossos frutos (atos) é que somos reconhecidos como "arvore boa", ou "árvore má"; e não através de nossas palavras (folhas).
Há muitos anos atrás (bem, nem tantos, não sou tão velho assim), num culto, perguntei aos presentes se o mais importante era "pregar o que se vive" ou "viver o que prega". As opiniões se divergiram. Uma parte entendeu que viver o que se prega é mais importante. Outros entenderam que temos que pregar o que vivemos. Ambos são importantes. Muito importantes. Pregar o que se vive é o testemunho de nossa vida. Viver o que se prega é o cumprimento das Escrituras em nossa vida. Entende?
Os nossos atos falam mais alto do que as nossas palavras. Sempre. Muitas vezes o barulho de nossos atos não permitem que nossas palavras sejam ouvidas...
A forma mais eficaz de se pregar o evangelho é vivendo-o. Quando nossos atos, nosso comportamento, nossas atitudes confirmam o que pregamos.
A todo momento, precisamos escolher sobre o que fazer, como fazer, quando fazer. E sempre vamos escolher o que é mais importante para nós. O que efetivamente é mais importante para nós. Não o que achamos ou falamos que deve ser o mais importante.
Um exemplo prático: uma vez eu estava explicando para um grupo de irmãos que "mentira que edifica e verdade que destrói não provém de Deus". Uma irmã se levantou e disse que certa vez "teve que mentir". O que, evidentemente, era mentira. Tinha mentido para proteger a neta. Na escolha entre ver a neta sofrer e entristecer o Espírito de Deus, ela preferiu a segunda opção.
Todos os dias cristãos mentem, roubam, cometem adultério, ferem seus irmãos, xingam, amaldiçoam. Seguir sua própria natureza pecaminosa vale mais do que a comunhão com Deus.
Nós, todos nós, vamos sempre escolher o que vale mais, o que é mais importante para nós. Se para não perdermos algo muito importante (dinheiro, respeito, reputação, bens, amizades, sonhos, desejos) for necessário mentir, e mentirmos, então esse "algo" vai estar valendo mais do que a nossa comunhão com Deus que se realiza, que existe através do Espírito Santo.
Deus tem que valer mais do que tudo. Mais do que nosso dinheiro, nossa reputação, nossa honra, nossos bens, nossas amizades, mais do que tudo. Mais do que a nossa própria vida.
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força." (Mc.12:29).
Autor: Takayoshi Katagiri

15 de set. de 2009

Reflexão - Dedicar tudo a Deus

E, chamando os Seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento. S. Mar. 12:43 e 44.
Durante a blitz dos nazistas sobre Londres em 1940, Matthew Sands recebeu um telegrama do Gabinete de Guerra britânico, declarando que o filho dele, David, estava desaparecido e considerado morto. O relatório provou ser verdadeiro. Com o coração partido, Sands escreveu no verso do telegrama: "Tudo o que tenho e tudo o que sou, entrego-o a Deus para o Seu serviço."

Pouco depois de tomar conhecimento da terrível notícia, Sands recebeu o telefonema de alguém com um lembrete sobre um compromisso importante. A caminho de seu compromisso, Sands passou por uma igreja antiga e abandonada e observou uma placa que dizia: "Para venda em leilão." Entrou na igreja para orar antes de prosseguir, e sentiu-se impressionado a adquiri-la e restaurá-la como casa de culto. Sem que ele o soubesse, outro homem, Andres Jelks, também tinha visto a placa e decidira comprar o prédio para transformá-lo na "Galeria de Diversões de Andy".

No dia do leilão, ambos compareceram. Sands havia preparado um documento com um lance formal pela propriedade, mas em seu luto e estado mental confuso, entregou o telegrama do Gabinete da Guerra em lugar do lance.

O leiloeiro leu o telegrama em silêncio, bem como a mensagem de Sands dedicando a Deus tudo o que era. Finalmente, quando todos os lances haviam sido apresentados, ele anunciou que a igreja tinha sido vendida para Matthew Sands, que havia apresentado o lance mais alto. Quando perguntaram como, o leiloeiro leu as palavras no verso do telegrama. Os presentes concordaram com a decisão do leiloeiro.
Deus pede dedicação total. Em S. Marcos 12:30, essa dedicação completa é colocada nestas palavras:
"Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força."

Isso é bem abrangente. Compreende tudo o que temos e somos. Nada menos é aceitável. Que seja essa a natureza de sua e de minha dedicação.


(Fonte: site Magia das Mensagens)

14 de set. de 2009

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO DENTRO DE VOCÊ

Na eternidade do passado, um plano vasto e complexo desvendado para a humanidade veio de Deus para nós. Na Sua infinita sabedoria, dentro de sua visão para todos os tempos, Ele não deixou nada de fora. Ele passou por gerações a gerações, planejando todo detalhe intrínseco de toda vida que viveria na face da terra. O desejo de Deus era recuperar da rebeldia de Satanás o maior número possível de pessoas e juntar para Si Mesmo um povo o qual Ele chamaria de Sua família.
Em algum lugar na elaboração do plano divino, muito antes do início dos tempos, Deus se deparou com o seu nome! Então, Ele formulou um plano perfeito, somente para você, inigualável a qualquer outro plano para qualquer outra pessoa que já nasceu de novo. Imagine -Deus, o Pai — encontrou através do grande vazio do espaço e tempo o momento em que você viveria sobre esta Terra. Então, Ele decidiu precisamente como aquele momento seria preenchido!

Nós Precisamos Escolher o Plano Dele
Deus criou um plano maravilhoso para cada um de nós. Em Seu plano, nós fomos predestinados para nos tornarmos Seus filhos e filhas, pela Cruz. Mas um grande obstáculo está entre nós e os propósitos perfeitamente criados por Deus: Usando o livre arbítrio que Deus nos deu, nós devemos escolher andar no Plano que Ele ordenou para nossas vidas.
Deus procura uma maneira de se aproximar de cada um de nós a fim de apresentar o Seu plano pessoal para nossas vidas. Ele começa com a pregação da Cruz que nos encoraja a aceitar Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Se nós aceitarmos Jesus, tomamos o primeiro passo dentro do plano que Deus predestinou para nós antes da fundação do mundo. Mas, se O rejeitarmos, como muitos antes de nós fizeram, viveremos e morreremos sem nunca ter tomado este primeiro passo — a salvação — dentro do propósito divino para a nossa existência.
Certa vez, quando eu estava ministrando na índia, olhei para milhares de pessoas diante de mim e fiquei maravilhado em perceber que Deus podia ter um plano específico para todo e qualquer indivíduo naquela vasta multidão. A verdade é que Deus formulou um plano perfeito para toda pessoa nascida desde Adão. Ele apenas espera que cada pessoa descubra o que é esse plano e escolha andar nele.
Jesus falou sobre o Seu plano de vida eterna para a humanidade em Mateus 7:13, 14:

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

As palavras de Jesus indicam que a maioria das pessoas acaba sua vida em uma eternidade ímpia sem Ele. Uma pessoa pode viver, morrer e ir para o inferno sem conhecer Jesus nem cumprir o plano de Deus para sua vida. Contudo, isso não muda o fato de que Deus tinha um perfeito plano de redenção e um propósito para esta pessoa; ela simplesmente nunca descobriu isto.
Mas, louvado seja Deus, pois você não precisa ser uma dessas pessoas! Se você achou a Cruz e fez de Jesus o seu Salvador pessoal, nada pode impedir você de descobrir o resto do plano de Deus para a sua vida. Tudo o que você tem a fazer é escolher obedecê-Lo.

O Espírito Santo Ora por Nós
Em algum lugar, de alguma maneira, no grande e maravilhoso plano de Deus para a Sua criação, o seu nome apareceu. E Deus, na Sua eterna sabedoria e conselho, preparou um plano perfeito para a sua vida pessoal.
Então, o Espírito Santo fez algo maravilhoso. Ele ouviu diligentemente todo e qualquer detalhe de sua vida enquanto o Pai planejava o seu nascimento, seu ministério, sua prosperidade e todo aspecto da sua redenção e vida pessoal.
Na verdade, o Espírito Santo é Aquele que foi encarregado de verificar o plano de Deus para a sua vida pessoal. Ninguém pode representar este plano melhor do que Ele. Ele estava lá. Ele ouvia Deus, o Pai, planejar todo mínimo detalhe.
E isto não é tudo. Esta terceira Pessoa da Trindade está face a face e absolutamente na mesma estatura espiritual que os outros dois membros da Trindade, o grande Jeová e O Poderoso Logos (Jesus). Mas além da sua regeneração como um filho de Deus, o Espírito Santo verdadeiramente consentiu fazer morada dentro do seu espírito e oferecer Seus serviços a você! E uma das principais razões pelas quais Ele veio foi para orar por você.
Por que Deus enviou o Espírito Santo para morar dentro de você? Para que Ele pudesse transformar você de acordo com a imagem de Seu Filho. E a fim de realizar este objetivo, o Espírito Santo trouxe Consigo Sua própria linguagem de oração, para que pudesse orar por tudo o que lhe diz respeito.
Com essa linguagem de oração, Ele se envolve diretamente com você em relacionamento único, que é independente de qualquer outra pessoa, até mesmo da sua própria mente. Quando o Espírito Santo ora por você, Ele pega o plano que ouve o Pai falar e derrama no seu espírito. A linguagem usada para expressar o plano enquanto este flui em você é a linguagem sobrenatural das línguas.
Toda vez que você der ao Espírito Santo a opor¬tunidade, Ele usará esta linguagem para orar pelo seu chamado, para orar o plano de Deus, para edificar e carregar você com Seu santo poder. Ele Se emprestará a você à medida que sua fé permitir que Ele seja ativado dentro do seu espírito. Ele irá tirar você de tudo o que Jesus já o libertou e o colocará em tudo o que Jesus disse que você é Nele.
Se você quiser, você pode entrar no seu quarto e orar nesta língua sobrenatural por duas, quatro, ou até mesmo por doze horas, e Deus, o Espírito Santo, criará toda e qualquer palavra que sair de sua boca. E sua a escolha de orar ou não. Mas toda vez que você realmente escolher orar, você sairá daquele momento de oração mais edificado em Seu plano e propósito do que se você não tivesse feito isto.
O plano de Deus para você está no Espírito, e o Espírito Santo está em você. O Espírito Santo está armado com o conhecimento de tudo o que Ele ouviu sobre o plano de redenção de Deus para você, antes da fundação da terra. E toda vez que Ele perscruta o seu coração, Ele faz isto com a intenção de orar este plano — a mente de Deus a seu respeito — dentro da sua vida.


(Trecho do livro de Dave Roberson - "O andar no Espírito - O andar no poder")

11 de set. de 2009

Esboço para pregação

SETE PASSOS NA QUEDA DE PEDRO


1 - Confiança própria

"E disse-lhe Pedro, ainda que todos se escandalizassem, nunca porém, eu" ( Mc 14.29)


2 - Orgulho

"Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo do modo nenhum te negarei". ( Mc 14.31)

3 - Adormecido

"E lenvantando-se da oração, foi ter com seus discípulos e acho-os dormindo de tristeza." ( Lc 22.45)


4 - Carnalidade

"E um deles feriu o servo do sumo sacerdotee cortou-lhe a orelha." (Lc 22.50)


5 - Seguindo de longe

"Então, prendendo-o, O levaram, e O meteram em casa do sumo sacerdote e Pedro seguia-o de longe." ( Lc 22.54)


6 - Assentado entre os inimigos

E havendo-se acendido o fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles. ( Lc 22.55)


7 - Negando a Jesus três vezes

* Mulher não O conheço;
* Tu és também deles, mas Pedro disse: homem, não sou;
* E Pedro disse: Homem não sei o que dizes. ( Lc 22.57,58,60)


Obs:

_ Cristo orava = Pedro dormia

_ Cristo submeteu-se = Pedro lutava

_ Cristo sofreu como ovelha = Pedro praguejava



SETE PASSOS NA RESTAURAÇÃO DE PEDRO


1 - A oração de Jesus

"Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça." ( Lc 22.32)



2 - O olhar de Jesus

"E virando-se o Senhor, olhou para pedro." ( Lc 22.61)



3 - A mensagem de Jesus

"Mas ide, dizei as seus discípulos e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia." ( Mc 16.7)



4 - O encontro com o ressuscitado

"Os quais diziam: Ressuscitou, verdadeiramente o Senhor e já apareceu a Simão." ( Lc 24.34)



5 - As três perguntas em João 21. 15-17

1. "Pedro, tu me amas?" (V 15)
2. "Simão filho de Jonas, amas-me?" (V16)
3. "Simão filho de Jonas, amas-me?" (V17)



6 - As três ordens em João 21; 15-17

1. "Apascenta os meus cordeiros" (V 15)
2. "Apascenta minhas ovelhas" (V16)
3. "Apascenta minha ovelhas." ( V17)



7 - O fim de Pedro

"E disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus" ( Jo 21.19)



( Pr Luiz Carlos Cláudio - Assembléia de Deus - São João Del Rei - MG)

10 de set. de 2009

Reflexão - As sete verdades do bambu


Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:

Vovô corre aqui! Me explica como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva... este bambu é tão fraco e continua de pé?

Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto.

Essa é a sua meta.

Livro - Buscando coisas do alto